
04 de dezembro de 2015 | 18h40
BRASÍLIA - Enquanto se prepara para tentar barrar o processo de impeachment no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff precisará também se defender em uma ação que pode cassar o mandato dela e do vice, Michel Temer. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou nesta sexta-feira, 4, o acórdão sobre o processo que investiga abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014 .
A defesa tem 7 dias para se manifestar a partir da notificação. Durante esse prazo, os advogados que representam a chapa Dilma-Temer poderão apresentar provas e indicar testemunhas, além de solicitar a produção de outras provas.
De acordo com o processo, há indícios de irregularidades na contratação da empresa Focal Confecção e Comunicação Visual, que prestou serviços à campanha na ordem de R$24 milhões. Segundo o processo, também há indícios de financiamento de campanha com dinheiro oriundo de corrupção em contratos com a Petrobrás.
O TSE decidiu abrir a ação de impugnação de mandato em outubro. Desde agosto, no entanto, quando o julgamento foi paralisado por um pedido de vista, a corte já possuía maioria formada para abrir a apuração. Foi a primeira vez que a Justiça Eleitoral autorizou uma investigação como essa contra a campanha de um presidente da República. A relatoria do processo é da ministra Maria Thereza de Asssis Moura.
O vice-presidente Temer quer que a defesa dele seja apartada da de Dilma. Temer argumenta que sua prestação de contas foi feita separadamente do balanço apresentado pela presidente.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.