
26 de setembro de 2014 | 00h05
Embora seja mais um capítulo de uma discussão que opôs o Ministério Público Eleitoral e a gestão do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), na prática a decisão não proporciona mudanças, pois tropas federais já são responsáveis pela segurança nesse conjunto de favelas, conforme acordo firmado entre os governos federal e do Rio. Para que esses agentes de segurança participassem de ações especiais de policiamento no dia da eleição (5 de outubro), porém, era necessária a autorização concedida nesta quinta.
Em agosto, o Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu que fosse autorizada a presença de tropas federais no Rio para impedir que criminosos intervenham na campanha eleitoral em comunidades consideradas de risco. Documento da Secretaria Estadual de Segurança produzido à época indicava que em 41 áreas do Estado candidatos já haviam sido impedidos de fazer campanha por traficantes ou milicianos.
Apesar do pedido do MPE, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) decidiu que só um pedido formal do governador poderia dar início ao procedimento de solicitação do envio de tropas federais para a eleição no Rio. Pezão não se opôs à presença das forças de segurança, mas transferiu ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a decisão sobre pedir ou não o reforço. Beltrame considera que a presença de tropas federais não é necessária.
Por isso, o TRE-RJ se limitou a pedir ao TSE o auxílio das forças de segurança que já atuam na Maré.
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