Troca de comando completa "petização" do Sebrae

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Por Agencia Estado
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Paulo Okamotto, um velho companheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi eleito novo presidente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e comandará uma estrutura com orçamento na casa dos R$ 600 milhões. Ele substitui Silvano Gianni, que ocupava o posto desde o janeiro de 2003 e que havia sido o número dois da Casa Civil da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso.Com isso, conclui-se um processo de transição que já estava desenhado desde o início deste governo. Okamotto era a escolha de Lula para comandar o Sebrae, mas foi para a diretoria de Administração e Finanças. Gianni havia sido indicado presidente como parte de um acordo fechado entre Lula e Fernando Henrique no final de 2002. Como funcionário da Casa Civil, Gianni foi um dos principais responsáveis pelos trabalhos da transição de governos. Seu mandato à frente do Sebrae duraria dois anos. Eram favas contadas que Okamotto seria seu sucessor. A "petização" do comando do Sebrae foi completada com a nomeação do economista César Acosta Rech para a diretoria de Administração e Finanças, até agora ocupada por Okamotto. Ele, que até então era diretor do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), trabalhou na prefeitura de Porto Alegre durante a gestão de Olívio Dutra. Okamotto é amigo de Lula. Foi diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC entre 1981 e 1990 e um dos formuladores do novo sindicalismo brasileiro. Faz parte do grupo que criou o Instituto da Cidadania, do qual foi presidente em 2001. Dentro do PT, foi um dos responsáveis pela criação de publicações como a Revista Teoria e Debate e o Jornal Linha Direta. Ele também ajudou a reorganizar o PT paulista em macrorregiões. Entre os técnicos do Sebrae, a avaliação é que a troca não afetará os programas já em andamento, pois Okamotto já participava ativamente do comando da instituição na condição de diretor administrativo e financeiro. Ele já tinha alguns programas sob sua supervisão, nas áreas de acesso ao crédito e políticas públicas. Houve também eleição para o Conselho Deliberativo do Sebrae. Armando Monteiro Netto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi reconduzido para o cargo por mais dois anos.

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