PUBLICIDADE

Trio é acusado de vender terras da Amazônia via Internet

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal começou a ouvir hoje os americanos Donald Elmo Davis, a mulher dele, Mary Lanetho Davis e o brasileiro naturalizado americano, João da Cruz Velloso. Os três foram presos sob a acusação de vender terras da Amazônia a empresários da Europa e Estados Unidos. Eles negam o crime, afirmando que estão negociando bônus de preservação ecológica, o que na opinião dos três não caracteriza nenhuma irregularidade. A alegação do trio não procede, segundo a PF, porque em seu poder foram encontrados vários documentos de terras registrados no cartório de Altamira. Além disso, eles são acusados de aplicar um golpe contra o empresário norte-americano Eldrigde Johns, que alega ter perdido U$ 1 milhão. Segundo as investigações da PF, os três acusados arrecadavam cotas de preservação da Amazônia entre US$ 25 e US$ 100, comercializando-as pela Internet através do site da Rainforest Preservation Foundation, pertencente a Donald Davis. A prisão dos três ocorreu após a denúncia do advogado criminalista Roberto Melo, que defende Eldrigde Johns. No depoimento prestado aos agentes federais, Donald afirmou que nunca se envolveu em atividades ilícitas e que sua fundação vive de doações para investir na preservação da Amazônia. Ele e sua mulher são pastores protestantes e residem em Benevides. O americano desafiou Eldrigde a provar que ele arrecadou US$ 1 milhão com a venda de bônus ecológico. "Ele terá de comprovar isso, se não fizer eu irei processá-lo", adiantou. O advogado Roberto Melo informou que as provas entregues à PF contra os três demonstram que eles não agiam legalmente no Brasil. Vários recibos e cheques bancários em nome da Rainforest Foundation foram entregues por Eldrigde aos agentes federais. Durante as investigações os acusados vão ficar presos na sede da PF em Belém até que a Justiça Federal decida sobre um pedido de prisão preventiva formulado contra eles.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.