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TRF2 decide hoje se Adriana Ancelmo voltará para a cadeia

'Efeito psicológico no desenvolvimento de seus filhos não é maior do que o representado à formação de todos os menores cujas mães estão efetivamente reclusas', disse o MP no pedido

Por Constança Rezende
Atualização:
A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral Foto: Fábio Motta/Estadão

RIO - O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) julga nesta quinta-feira, 23, um recurso do Ministério Público Federal pedindo a cassação da prisão domiciliar da ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo. Na manifestação, os procuradores sustentam que a concessão do regime domiciliar "representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício". Eles pedem a volta para a prisão preventiva.

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O julgamento do recurso do MPF está na pauta da 1ª Turma do TRF2. Adriana foi condenada na Operação Calicute a 18 anos de reclusão, por associação criminosa e lavagem de dinheiro. O Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2ª Região considerou a prisão domiciliar inadequada e desproporcional.

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Para o MPF, o interesse dos filhos menores de Adriana "deve ser tão considerado quanto a situação social da família, para a qual trabalham profissionais como babás, professores particulares e orientadores pedagógicos na escola onde estudam". "Os filhos, sendo o mais novo de 11 anos, contam com a convivência com avós e acesso aos psiquiatras autores de laudos trazidos pela defesa", justificou o MP.

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"A prisão da ora embargante, a despeito de eventual efeito psicológico no desenvolvimento de seus filhos, não configura perigo maior a eles que o representado à formação de todos os menores cujas mães estão efetivamente reclusas", afirmam os procuradores regionais.

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