TRF rejeita recurso e mantém Valério preso

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Por Fausto Macedo
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A Justiça decidiu ontem manter na prisão o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão e réu da Operação Avalanche - investigação da Polícia Federal sobre suposta trama para desmoralizar fiscais da Fazenda de São Paulo que autuaram em R$ 105 milhões uma cervejaria cujo presidente é seu amigo. Por unanimidade, os desembargadores da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3) rejeitaram habeas corpus para o empresário sob o argumento de que, em liberdade, ele põe em risco a ordem pública, a ordem econômica, a instrução penal e a credibilidade do Judiciário. Para o TRF, Valério atrás das grades é "justa resposta ao abalo social" supostamente provocado por organização criminosa que ele teria integrado como mentor do núcleo de espionagem. Desde 10 de outubro, Valério ocupa uma cela da Penitenciária II de Tremembé (SP). Ele é processado pelos crimes de corrupção ativa, denunciação caluniosa e formação de quadrilha. A PF o acusa de tentar subornar com R$ 2 milhões delegados da própria corporação, estabelecidos na Delegacia de Santos, em troca de inquérito contra os fiscais. Seus advogados, os criminalistas Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Marcelo Leonardo, alegam que a custódia do publicitário "é ilegal e injusta". "É uma grande injustiça, lamentável", reagiu o advogado Marcelo Leonardo. Ele e Mariz já recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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