
22 de fevereiro de 2012 | 11h54
Buenos Aires - O ministro da Saúde da Argentina, Juan Manzur, declarou nesta quarta-feira que três tripulantes do cruzeiro MSC Armonia apresentam “sintomas leves” da gripe B. O ministro Manzur, que no primeiro mandato da presidente Cristina Kirchner teve que enfrentar a epidemia da gripe A, afirmou que “um (dos tripulantes) será avaliado de forma exaustiva”. No entanto, o ministro afirmou que “não existem riscos, pois todos estão fora de perigo”.
O navio, com 2 mil passageiros a bordo e 700 tripulantes, chegou hoje de manhã às 7:05 horas (8 horas, horário de Brasília) ao porto de Buenos Aires. Manzur, que realizou uma inspeção no MSC Armonia logo depois que o navio atracou nas docas portenhas, indicou que os tripulantes que possuam algum sintoma serão “examinados e medicados”.
Segundo Manzur, não existem casos de passageiros com sinais de terem sido contagiados com o vírus da gripe B. “Os 2 mil passageiros foram checados e estão sem sintoma algum”, afirmou categórico. Segundo ele, todos os passageiros poderão descer à terra.
Manzur sustentou que “não há perigo algum de pandemia e disse que “não existe sentido” que os trabalhadores do porto de Buenos Aires utilizem máscaras cirúrgicas. “Todas as medidas sanitárias correspondentes estão sendo tomadas”, disse.
O ministro argentino também indicou que considera que a morte da garçonete brasileira Fabiana Pasquarelli é “algo estranho em uma pessoa jovem”.
Na véspera, em Montevidéu, sete tripulantes do navio (três mulheres e quatro homens) foram examinados no Hospital Evangélico. Nos próximos dias serão anunciados os resultados que indicariam se eles possuem – ou não – o vírus da gripe B. No entanto, segundo o médico Eduardo Sávio, especialista em doenças infecciosas, “não existiam elementos que motivem a internação destas pessoas”.
Trem decarrilado - Enquanto o MSC Armonia atracava do lado leste do centro portenho, no lado oeste, na estação de trens Once, no bairro de Balvanera, no macro-centro portenho, um trem descarrilou nesta quarta-feira de manhã, provocando ferimentos em 340 pessoas. Outros 60 passageiros estavam presos nas ferragens.
O secretário de Transportes, Juan Pablo Schiavi, disse durante sua inspecção na área do acidente que não descartava a existência de mortos nos vagões.
Enquanto isso, na estação de Once, os passageiros que haviam saído incólumes do acidente afirmavam que o trem estava com problemas nos breques desde o município de Haedo, na Grande Buenos Aires.
Os trens da linha Sarmiento são envelhecidos Toshibas dos anos 50 e 60. Os passageiros costumam reclamar desde os anos 90 – época na qual o sistema de ferrovias foi privatizado - sobre a péssima qualidade de manutenção dos vagões e locomotivas.
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