PUBLICIDADE

TRE do Piauí fará recontagem de votos de 1998

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí decidiu ao meio-dia que será feita uma nova totalização dos votos da eleição de 1998. Somente depois disso é que o TRE decide se diploma ou não o senador Hugo Napoleão (PFL) no cargo de governador ou até se realiza uma nova eleição num prazo de 40 dias. Qualquer que seja a decisão, haverá recurso dos partidos envolvidos na batalha jurídica que criou um vácuo institucional no Piauí. O TRE decidiu que a nova totalização dos votos vai ser feita com base numa resolução do TSE, que estabelece uma comissão já criada para esse fim, composta pelos juízes Roberto Veloso e José Acélio Correia e pelo desembargador Batista Machado. Eles têm três dias para fazer o trabalho e haverá um prazo de dois dias para contestação dos resultados pelos partidos. O trabalho da comissão do TRE será a de apurar os votos, incluindo-se os brancos, nulos e aqueles dados a Mão Santa, anulados pelo TSE. Há um entendimento de que, se a soma dos votos dados ao senador Hugo Napoleão for inferior à de votos nulos e brancos, seria necessária a convocação de uma nova eleição. O procurador eleitoral Tranvanvan Feitosa, porém, disse durante a sessão que "a diplomação da chapa segunda colocada no pleito é absolutamente irreversível". O procurador reclamou dos prazos longos para o trabalho, pois acha que em pelo menos uma semana se tenha o resultado da nova totalização, "porque bastariam dois toques no teclado de um computador para obtermos esses resultados". Mas o corregedor eleitoral, Batista Machado, quer que seja feita a nova totalização de votos, "para que não venhamos a errar mais uma vez". Antes das discussões que tomaram toda a manhã, o TRE decidiu comunicar que o cargo de governador está vago, determinando a posse do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Kleber Eulálio (PMDB), como interino. Eulálio assumiu o governo às 9h25, mais de 48 horas depois da cassação de Mão Santa e está despachando no Palácio de Karnak, sede do governo estadual.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.