PUBLICIDADE

Transparência do setor público combate a corrupção

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gavíria, afirmou hoje que o aumento da transparência no setor público nos países está permitindo cada vez mais o combate da corrupção. César Gavíria, que foi presidente da Colômbia, abriu o Fórum Internacional sobre Responsabilidade e Transparência no Setor Público, que está discutindo formas de combate de corrupção com a criação de uma rede informal de gestores de políticas públicas para a troca de informações e ações coordenadas entre os países. Para Gavíria, os pobres são os mais afetados pela corrupção. Segundo ele, os países com maior grau de corrupção têm mais dificuldades para o crescimento. "Estado, sociedade civil, setor privado, todos têm responsabilidade na luta contra a corrupção", afirmou. O vice-presidente do Brasil, Marco Maciel, afirmou na abertura do encontro que é errada a sensação comum de que a corrupção aumenta à medida que se enfrenta o problema investigando as denúncias. "A transparência no setor público é a melhor forma de combate aos procedimentos não compatíveis com a ética pública", disse Maciel. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, disse que a Comissão de Ética Pública, criada pelo governo brasileiro, tem um papel importante para a criação do que ele chamou de "gestão da ética" no setor público e também na definição do código de ética do servidor. O sub-secretário da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, Seiichi Kondo, disse que existe hoje uma percepção internacional de que a corrupção não afeta somente os governos, mas também interrompe os fluxos comerciais. Para o combate da corrupção, disse Kondo, não basta apenas a criação de leis. É preciso também uma mudança cultural. "Para isso, a transparência é a palavra chave", disse o representante da OCDE. Segundo ele, a OCDE vem tomando providências para combater a lavagem de dinheiro e os paraísos fiscais. "Essa é uma questão bastante delicada. Temos que proteger a privacidade e soberania dos países do pacífico e do Caribe e, por outro lado, garantir que as práticas ilegais sejam rastreadas, monitoradas e punidas", ponderou Kondo. O representante da OCDE elogiou os avanços no Brasil no combate a corrupção, o que segundo ele estimula a organização a continuar contribuindo para evitá-la.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.