Tráfico é tão forte quanto paramilitares na Colômbia, diz estudo

Levantamento de ONG colombiana afirma que mais de 13 mil pessoas estão em quadrilhas.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Quadrilhas de traficantes de drogas ganharam força nos últimos anos e hoje são comparáveis a organizações paramilitares na Colômbia, envolvendo mais de 13 mil pessoas, de acordo com um relatório da organização não-governamental Instituto para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz). O documento afirma que a desarticulação das Auto Defesas da Colômbia (AUC), em 2006, considerada um dos grandes êxitos do governo do ex-presidente Álvaro Uribe, abriu espaço para traficantes. A ONG afirma que a nova geração de grupos armados colombianos é extremamente violenta e se financia com a produção de cocaína. As quadrilhas, com nomes como Rastrojos e Águias Negras, já seriam os principais responsáveis pelos homicídios no país. Segundo o Indepaz, os grupos criminosos estão presentes em 29 das 32 províncias (estados) da Colômbia. Recentemente, a Colômbia foi citada pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, como modelo para o México, que enfrenta um dos piores momentos de sua guerra contra o tráfico. 'Colômbia há 20 anos' Clinton afirmou que o México está na mesma situação que a Colômbia há 20 anos. "Está parecendo mais e mais com o que a Colômbia era 20 anos atrás, onde os narcotraficantes controlavam certas partes do país", afirmou a secretária de Estado No entanto, embora as taxas de homicídios tenham caído ligeiramente na Colômbia, bem como a produção de drogas, o comércio de cocaína permanece como o principal motivo da violência no país. Um dia depois às declarações da secretária de Estado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se apressou em refutar que o aumento da violência está fazendo com que o México fique cada vez mais parecido com a Colômbia de 20 anos atrás. No entanto, em uma entrevista ao jornal americano em idioma espanhol La Opinión, Obama afirmou que o México é uma democracia progressista. "O México é uma democracia ampla e progressista, com uma economia crescente, como consequência, não pode se comparar o que está acontecendo no México com o que ocorreu na Colômbia há 20 anos", disse o presidente em Washington. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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