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Trabalho de comissão que apura caso Siemens vai para site, diz Alckmin

Após queixas de falta de transparência, governador de SP promete divulgar atas de grupo que segue o caso

Por Atualizado em 24.09
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nessa segunda-feira, 23, que sua equipe de comunicação publicará na internet, até hoje, as atas das reuniões do grupo externo que está acompanhando as investigações sobre a formação de cartel em obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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Reportagem publicada nessa segunda, pelo Estado revelou que membros da própria comissão, instalada em 9 de agosto, reclamam da falta de divulgação pública dos documentos e relatos feitos pela Corregedoria-Geral da Administração sobre o andamento do caso Siemens.

Alckmin disse ser "totalmente favorável" à publicidade dos documentos. "Não sei por que não foi publicado. Vai ser publicado. O que não pode ser publicado é o que esteja sob sigilo de Justiça, não que a gente não queira", disse o governador.

Questionado sobre quando essas informações estariam na internet, o governador disse "hoje ou amanhã". E explicou: "Hoje cedo eu despachei com o Edson (Aparecido, secretário da Casa Civil) e falei que é liberdade total. Pode publicar o que quiser. Acho até bom que as pessoas acompanhem o trabalho da comissão, que é de alto nível e não é do governo, para acompanhar o trabalho".

Inicialmente batizado como Movimento Transparência, o grupo foi renomeado, a pedido das entidades, como Grupo Externo de Acompanhamento. Alguns participantes ficaram incomodados com o caráter midiático da medida.

A CPTM e o Metrô foram questionados nas últimas reuniões sobre o procedimento para formar os preços de referência de suas licitações. As respostas até agora foram parciais.

O Grupo Externo de Acompanhamento foi criado pouco mais de um mês após a divulgação da investigação do caso. A iniciativa fez parte de uma ofensiva do governador para evitar o uso político do episódio.

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Além de prometer transparência "total", Alckmin, que disputará a reeleição ao governo do Estado em 2014, também decidiu processar a Siemens para que os cofres sejam ressarcidos. Em maio deste ano, a empresa alemã firmou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para colaborar com as investigações.

Além do processo civil contra a multinacional, o tucano já afirmou que mais medidas poderão ser tomadas com relação à empresa. Ainda assim, os contratos em vigor da Siemens com o governo foram mantidos.

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