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Todos os atos serão publicados

Por Leandro Colon e Rosa Costa
Atualização:

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse ontem que a Casa publicará todos os atos secretos de nomeação e exoneração de funcionários. Segundo ele, os atos são de administrações antigas e estão sendo alvo de uma comissão de sindicância. "Deveremos receber da comissão encarregada, amanhã, um relatório sobre o apurado. E aí, sim, tomaremos as medidas administrativas procurando fazer justiça e, se for o caso, punir responsáveis." A manifestação de Heráclito foi em resposta a questionamento do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). O tucano lembrou que em depoimento à Mesa Diretora o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia negou a existência de atos secretos. Ontem, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), falou das medidas sigilosas limitando-se a frisar que não interveio para que o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) contratasse seu neto, José Fernando Michels Gonçalves Sarney, num cargo comissionado. Ele não disse por que a exoneração do rapaz, de 22 anos, se deu por boletim secreto, ontem revelado pelo Estado. A exoneração ocorreu em outubro do ano passado, no auge da execução da súmula antinepotismo. "O que eu posso dizer é que mandamos publicar todos os boletins que não foram publicados ao longo do tempo", afirmou Sarney. Em 2003 e 2004, quando presidiu a Casa pela segunda vez, a prática dos boletins secretos estava em pleno vigor. Para o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), os atos que contrariam a lei devem ser anulados. Efeito colateral da revelação dos atos secretos foi o aumento da pressão pela exoneração do ex-diretor-geral Agaciel Maia e do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi.

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