13 de março de 2010 | 14h02
Segundo ele, o provável candidato tucano precisa ter 6 milhões de votos de vantagem sobre a adversária do PT, Dilma Rousseff. Para isso, Thame enfatizou a importância da união partidária. "Em 2006 não estávamos unidos, o partido estava arranhado pela disputa entre Geraldo (Alckmin) e Serra", disse Thame, na palestra.
Dos cerca de 30 milhões de eleitores do Estado, ele citou que 70% (21 milhões) votariam no PT ou no PSDB, e que a diferença de 6 milhões tem que sair em favor dos tucanos. "De cada três votos, dois terão que ser para nós, e o adversário não pode passar de 33% em nenhuma cidade."
Thame disse ainda que Dilma não tem o mesmo carisma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que impulsiona a campanha da petista, e é importante o PSDB não se descuidar do segundo turno, como em 2006. Naquela eleição, Alckmin teve boa margem de diferença para Lula no primeiro turno, mas no segundo o desempenho decepcionou. "Não basta vencer, mas sair de São Paulo com extraordinária vitória para presidente."
''Rebolation''
O vice-presidente do PSDB paulista, o deputado federal Antônio Duarte Nogueira Júnior, destacou ainda que ferramentas virtuais, como as redes sociais Twitter e Facebook, serão importantes na campanha, para informar e atingir o eleitorado. Ele está confiante na vitória de Serra para presidente e aposta até num eventual erro de estratégia do PT.
"O Lula está dissolvendo o PT nos Estados, forçando a candidatura da Dilma", disse. Ele mencionou que Serra tem mais empatia do que Dilma. "Ela (Dilma) não tem o ''rebolation'' dele (Lula)", brincou ele, referindo-se à maneira sisuda da petista discursar.
Alckmin
Para Nogueira, o PSDB também terá muito trabalho no Estado para confirmar a eleição do secretário de Desenvolvimento Geraldo Alckmin a governador. Para ele, a candidatura de Alckmin é fato consumado, após a saída estratégica do secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes, da disputa. Nunes agora deverá pleitear a indicação tucana ao Senado, mas também terá adversários fortes na legenda, como Xico Graziano, Paulo Renato Souza, José Aníbal (ex-presidente nacional do PSDB) e o próprio Thame.
O outro candidato ao Senado seria Orestes Quércia (PMDB), da coligação que apoia os tucanos no Estado. Para vice de Alckmin, Nogueira acredita que o nome surja também da base aliada. "É bom compartilhar por completo na disputa", afirmou.
Encontrou algum erro? Entre em contato