Thame diz que Serra precisa ganhar com boa margem em SP

Presidente estadual do PSDB participou neste sábado de palestra sobre eleições na Câmara de Ribeirão Preto

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Por Brás Henrique e do O Estado de S. Paulo
Atualização:

Mais de 50 integrantes do PSDB da região de Ribeirão Preto participaram neste sábado, 13, da palestra "Estratégias para Eleições Proporcionais", na Câmara de Ribeirão, já se preparando para o pleito de outubro. O presidente estadual do partido, Mendes Thame, destacou que será importante uma vitória ampla de José Serra, na disputa presidencial, em São Paulo. "Se não formos bem em São Paulo, estamos perdidos, e se queremos ganhar a eleição não podemos perder no primeiro turno", disse Thame, durante a palestra. Segundo ele, o provável candidato tucano precisa ter 6 milhões de vantagem sobre a adversária do PT, Dilma Rousseff. Para isso, Thame enfatizou a importância da união partidária.

 

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"Em 2006 não estávamos unidos; o partido estava arranhado pela disputa entre Geraldo (Alckmin) e Serra", comentou Thame. Dos cerca de 30 milhões de eleitores do Estado, ele citou que 70% (21 milhões) votariam no PT ou PSDB, e que a diferença de 6 milhões tem que sair em favor dos tucanos. "De cada três votos, dois terão que ser para nós, e o adversário não pode passar de 33% em nenhuma cidade." O deputado federal Thame disse ainda que Dilma não tem o mesmo carisma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que impulsiona a campanha da petista, e por isso é importante o PSDB não se descuidar do segundo turno, como em 2006. Naquela eleição, Alckmin teve boa margem de diferença para Lula no primeiro turno, mas no segundo o desempenho decepcionou. "Não basta vencer, mas sair de São Paulo com extraordinária vitória para presidente", afirmou Thame.

 

O vice-presidente do PSDB paulista, o deputado federal Antônio Duarte Nogueira Júnior, destacou ainda que ferramentas virtuais, como twitter e facebook, serão importantes na campanha, para informar e atingir o eleitorado. Ele está confiante na vitória de Serra a presidente e aposta até num eventual erro de estratégia do rival PT como provável aliado. "O Lula está dissolvendo o PT nos estados, forçando a candidatura da Dilma", disse Nogueira. E mencionou que Serra tem mais empatia do que Dilma. "Ela (Dilma) não tem o 'rebolation' dele (Lula)", brincou ele, referindo-se à maneira sisuda da petista discursar.

 

Para Nogueira, o PSDB também terá muito trabalho no Estado, para confirmar a eleição do secretário de Desenvolvimento Geraldo Alckmin a governador. Para ele, a candidatura de Alckmin é fato consumado, com a saída estratégica do secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes, da disputa majoritária. Nunes agora deverá pleitear a indicação tucana ao Senado, mas também terá adversários fortes na legenda, como Xico Graziano (Meio Ambiente), Paulo Renato Souza (Educação), José Aníbal (ex-presidente nacional do PSDB) e o próprio Thame. O outro candidato ao Senado seria Orestes Quércia (PMDB), da coligação que apoia os tucanos no Estado. Para vice de Alckmin, Nogueira acredita que o nome surja também da base aliada. "É bom compartilhar por completo na disputa", comentou ele.

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