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Testes dão esperança contra câncer

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma pesquisa apresentada hoje durante o congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), em Orlando, traz nova esperança para pacientes em estágio avançado de câncer de pulmão. O trabalho, conduzido pela equipe do Memorial Sloan-Kettering Câncer Center, de Nova York, avaliou a ação de um medicamento experimental, batizado de Iressa. A droga foi produzida com objetivo de atacar apenas uma enzima, essencial para a sobrevivência das células tumorais. O estudo demonstrou que pacientes tiveram melhora nos sintomas e em alguns foi notada a redução do tumor. O trabalho foi feito com 216 pacientes. Nenhum tinha indicação para cirurgia ou radioterapia. E todos já haviam sido submetidos, sem sucesso, a pelo menos dois programas de quimioterapia. Poucas semanas depois do início do tratamento, foi notada a redução de sintomas, como falta de ar, perda de apetite e tosse em 43% dos pacientes. Em 12%, foi constatada redução de até 50% do tumor. "Ainda estamos longe da cura. A droga deve ser considerada como um novo caminho de tratamento", afirmou o coordenador do estudo, Mark Kris. O remédio bloqueia a ação de uma enzima, a EGFR, usada pelas células tumorais para sobreviver e crescer. Por ter um alvo certo, o Iressa não provoca efeitos colaterais. Além do Iressa, outras drogas que agem na EGFR estão sendo estudadas. Em dezembro, a Astra Zenica submeteu remédios para aprovação no FDA. A empresa espera que até o fim do ano a droga esteja no mercado. Kris contou que diante dos bons resultados do Iressa, novos estudos estão sendo planejados. Entre eles, o uso do remédio em estágios menos avançados do câncer e em pacientes com câncer de ovário e mamas. Além do estudo com o Iressa, outra pesquisa com resultados promissores foi apresentada hoje, desta vez para o tratamento do câncer de mama. O estudo pesquisou a ação de uma droga disponível no mercado há cinco anos para câncer de pulmão e de mama, o Taxotere. O remédio foi usado em conjunto com outras duas drogas - Adriamicina e a Ciclofosfamida - para o tratamento logo depois da cirurgia para retirada do tumor.

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