Testemunhas de esquema no Amapá são ameaçadas

Por AE
Atualização:

Ameaças de morte, recados dados por terceiros e notícias de que uma facção no interior da Polícia Militar estaria arregimentando homens para a formação de um grupo de extermínio estão provocando medo em testemunhas no inquérito da Polícia Federal que serviu de base para a Operação Mãos Limpas, no Amapá. A operação da PF levou à prisão de 18 pessoas na sexta-feira da semana passada, entre elas o governador Pedro Paulo Dias (PT) e o ex-governador Waldez Góes (PDT). As eventuais ameaças podem complicar a situação dos acusados, que correm o risco de ficar mais tempo na prisão.As testemunhas já passaram informações à delegacia da PF do Amapá sobre as ameaças. Na lista de ameaçados aparece o nome do empresário Luciano Marba da Silva, proprietário da LMS Vigilância e Segurança Privada. Ele foi autor das denúncias que deflagraram as investigações sobre a empresa Amapá Vip - uma das principais beneficiadas pelo esquema de desvio de recursos públicos nas secretarias da Saúde e da Educação.Outros dois que disseram ter recebido ameaça são o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Amapá, Manoel Pereira da Lima Filho, e o advogado Luiz Mario Araujo de Lima, assessor jurídico da Secretaria de Segurança. Este último foi o autor das denúncias publicadas na quarta-feira sobre eventuais irregularidades no aluguel de helicópteros naquela secretaria.Do conjunto de 18 pessoas que tiveram prisão temporária decretada na semana passada, 12 já foram colocadas em liberdade. Os outros 6 investigados - entre elas o governador, o ex-governador, o presidente do Tribunal de Contas do Estado e os secretários de Segurança e Educação - permanecem detidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.