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Teste inédito no Rio para a produção de vacinas contra aids

Por Agencia Estado
Atualização:

Os primeiros testes com duas substâncias candidatas a vacinas contra a aids começam na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro. Cerca de 120 voluntários soronegativos vão tomar doses das duas drogas durante seis meses para checar se elas conseguem estimular uma resposta do sistema imunológico contra o HIV. O experimento é um programa conjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o Projeto Praça Onze, que acompanha vítimas da doença e patrocina pesquisas de combate à aids. Essa é a primeira vez que brasileiros vão testar as duas substâncias (ALVAC-HIV Vcp1452 e MN rgp 120), mas elas já foram experimentadas em norte-americanos e franceses. O estudo está em fase 2, o que significa que, nesta etapa, o principal objetivo ainda é testar a segurança das drogas. A eficácia já começa a ser observada, mas ela só é realmente analisada na fase 3, a última do processo. Para participar do estudo, os voluntários não podem estar contaminados com o vírus HIV e nem podem pertencer a grupos de risco, já que o estudo avalia como as drogas conseguem induzir à produção de anticorpos. E a contaminação com o vírus invalida o teste, porque um soropositivo naturalmente produz anticorpos. As drogas, no entanto, não oferecem ameaça de contaminação dos voluntários. Além de brasileiros, voluntários no Haiti e em Trinidad-Tobago também participarão dos testes. Nos EUA e na França, onde as duas substâncias já passaram pela fase 2, o experimento foi considerado bem-sucedido. Caso ela seja aprovada aqui no Brasil, o próximo passo poderá ser a fase final. Isso não significa, porém, que o Brasil está prestes a produzir uma vacina que previna a aids. Todas as substâncias testadas até agora no mundo só conseguiu produzir uma pequena resposta contra o vírus.

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