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Termina depoimento do compadre do Lula na CPI dos Bingos

Roberto Teixeira apresentou um documento, assinado por José Dirceu, contestando as acusações de favorecimento a empresa CPEM, por meio do contratos forjados

Por Agencia Estado
Atualização:

Terminou na CPI dos Bingos o depoimento do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele apresentou como principal atestado em sua defesa um documento assinado em 4 de maio de 2000 pelo então presidente nacional do PT, José Dirceu. O documento contesta parecer de uma comissão especial designada pelo partido para apurar o envolvimento de Teixeira num esquema para favorecer a empresa CPEM, por meio de contratos forjados, em prefeituras do interior de São Paulo administradas pelo PT. A comissão, integrada pelo economista Paul Singer, pelo ex-deputado Hélio Bicudo (PT-SP) e pelo deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP), acusava Teixeira de envolvimento nesse esquema. O deputado José Jorge (PFL-PE), no entanto, lembrou que esse documento de defesa de Teixeira não tem peso, porque José Dirceu foi acusado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de ser chefe de uma quadrilha criminosa para angariar dinheiro para o PT. O presidente e o relator da CPI dos Bingos, senadores Efraim Moraes (PFL-PB) e Garibaldi Alves (PMDB-RN), estão conversando com o assessores jurídicos do Senado sobre a decisão sugerida pelos senador Antero Paes de Barros (PSDB-SP) e apoiada pelos demais integrantes da comissão, de proceder à apreensão, na Caixa Econômica Federal, da relação dos vencedores da Mega Sena em todos os concursos desde 12 de maio de 1997, cujo valor rateado tenha sido superior a R$ 5 milhões ou em que tenha havido mais de 4 ganhadores. A decisão de examinar o pedido de apreensão dos documentos deve-se a ofício encaminhado hoje à CPI pelo superintendente em exercício da Superintendência Nacional de Loterias e Jogos da Caixa, Antônio Carlos Barasuol, em que, alegando o direito de sigilo bancário, afirma que não pode atender a pedido feito pela CPI, em 11 de abril, para lhe fornecer a relação dos vencedores da Mega Sena. Como a CPI tem direito de usar documentos sigilosos, seus dirigentes estão agora consultando advogados se a apreensão é justificada neste momento.

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