PUBLICIDADE

Termina com sucesso cirurgia do vice-presidente José Alencar

Operação começou às 9 horas de domingo; procedimento é o mais radical imposto ao paciente até agora

PUBLICIDADE

Foto do author Fausto Macedo
Por Paulo Maciel , Fausto Macedo e de O Estado de S.Paulo
Atualização:

A cirurgia para retirada de um tumor abdominal do vice-presidente José Alencar, de 77 anos, acabou na madrugada desta segunda-feira, 26, após quase 18 horas. Alencar foi operado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e a operação começou às 9 horas de domingo. Veja também Cirurgia de Alencar é 'uma das mais radicais' Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do hospital, no momento, Alencar se recupera do procedimento cirúrgico em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e seu estado clínico é estável. Às 7h30 Alencar foi conduzido ao centro cirúrgico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A operação é conduzida pelo médico Ademar Lopes, com participação da equipe do professor Miguel Srougi. A equipe médica é formada por quase 15 profissionais, entre oncologistas, cardiologistas, nefrologistas e anestesistas. "É a mais delicada cirurgia imposta ao vice-presidente até hoje", declarou Paulo Hoff, oncologista clínico. "Não existe procedimento de tamanha complexidade sem riscos para o paciente", anotou Roberto Kalil Filho, cardiologista. Às 17 horas, Kalil e Hoff informaram que o vice-presidente estava "reagindo bem". Eles avaliaram que Alencar "tem poder de recuperação invejável, é forte e está plenamente em forma para enfrentar essa cirurgia, apesar da situação difícil em relação aos tumores". Após demorada discussão acerca do tratamento adequado - a família consultou especialistas americanos -, os médicos decidiram fazer uma peritonectomia em Alencar. "Ele próprio participou ativamente da decisão de prosseguir com o procedimento", informou Hoff. A doença está localizada na região do peritônio, película que recobre e protege os órgãos dentro do abdômen. "É um tumor principal na cavidade abdominal com alguns tumores satélites, que são mais de cinco", explicou o oncologista. "O maior encontra-se na região esquerda inferior, próximo ao ureter, entre a bexiga e o rim." Hoff esclareceu que a retirada do ureter - canal que leva a urina do rim à bexiga - era uma possibilidade que estava sendo aventada. Alencar poderá permanecer na UTI por alguns dias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.