BRASÍLIA - Determinada a ampliar a cota de mulheres em seu governo, a presidente eleita Dilma Rousseff analisa duas indicações para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que abriga o programa Bolsa Família: Tereza Campelo ou Márcia Lopes.
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O nome de Tereza Campelo, assessora da Casa Civil, ganhou força nos últimos dias. Gaúcha como Dilma, ela seria uma opção à não permanência de Márcia Lopes no comando da pasta. Márcia, que era secretária-executiva, assumiu o MDS depois que o antigo titular, Patrus Ananias (PT), se afastou para se candidatar a vice-governador de Minas Gerais.
Dilma ainda não descartou a possibilidade de efetivar Márcia no posto, mas essa opção gera insatisfação em alguns setores do PT, porque ela é irmã do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, já confirmado como futuro ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência. Além das críticas de que haveria paulistas demais no futuro ministério, a efetivação de Márcia Lopes soaria como uma escolha oligárquica.
Até agora, Dilma confirmou três mulheres na Esplanada: a paulista Miriam Belchior no Planejamento, a catarinense Ideli Salvatti na Secretaria da Pesca e a deputada gaúcha Maria do Rosário na Secretaria Especial de Direitos Humanos. Ela também confirmou a chefe de comunicação do governo de transição, Helena Chagas, na Secretaria de Comunicação Social da Presidência.