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Teori arquiva inquérito contra Renan na Lava Jato 

Ministro do STF acatou pedido de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, que apontou falta de provas; o presidente do Senado era investigado pela suspeita de ter recebido propina para facilitar contratos de empresas com a Petrobrás

Por Gustavo Aguiar
Atualização:
Renan Calheiros (PMDB-AL) Foto: Dida Sampaio|Estadão

BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, decidiu arquivar um dos nove inquéritos contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na Lava Jato. Ele era investigado pela suspeita de ter recebido propina para facilitar contratos de empresas de praticagem com a Petrobrás. 

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Teori acatou um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apontou falta de provas para continuar as investigações contra o presidente do Senado no caso. Mas as apurações também ensejaram a denúncia contra o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), aliado do senador, oferecida ao STF no último dia 16 de junho.

Segundo a denúncia, Aníbal prometeu pagamento de propina de R$ 800 mil ao então diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, para permitir e facilitar a celebração de acordo entre a Petrobrás e empresas de praticagem atuantes na Zona de Portuária 16, no Rio de Janeiro. O STF deverá decidir se acata ou não a acusação contra o parlamentar. 

Com o arquivamento deste primeiro inquérito contra Renan, ainda restam oito inquéritos que envolvem a participação do senador no esquema de corrupção da Petrobrás. Ele é um dos mais de 30 políticos alvos do inquérito-mãe das investigações, que apura o grupo por formação de quadrilha. 

Em delação premiada, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse ao Ministério Público que pagou R$ 30 milhões a Renan a título de propina. O senador também aparece em gravações feitas por Machado em que sugere mudar a lei da delação premiada, um dos dispositivos fundamentais da Lava Jato.