Temporão atribui internação de Lula a excesso de trabalho

Para ministro, presidente 'é um trabalhador compulsivo e tem muita dificuldade em parar'

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Por Vannildo Mendes e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ter conversado nesta quinta-feira pela manhã com o médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Kalil Filho, e obteve a informação de que o estado de saúde do presidente é bom, apesar da crise de hipertensão na noite de quarta-feira.

 

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Segundo Temporão o maior problema do presidente é que ele trabalha muito e descansa pouco. "Trinta dias de férias seriam absolutamente necessários, muito importante para um presidente da República. Mas ele é um trabalhador compulsivo e tem muita dificuldade em parar", afirmou Temporão. Segundo o ministro, esse seria o maior fator de risco para eventuais problemas cardíacos. "Acho que foi trabalho demais. O homem trabalha muito", completou.

 

O diretor-geral do Hospital do Coração (Hcor) de São Paulo, o médico Adib Jatene concorda com o ministro. Segundo ele, o maior problema do presidente é o excesso de atividades. "Ele tem uma vida estressante, um ritmo de atividade excessivo e isso favorece problemas cardíacos", afirmou. Jatene participou há pouco, em Brasília, do lançamento do Sistema Tele-eletrocardiografia Digital, tecnologia de ponta que vai acelerar o atendimento de pacientes com doenças cardíacas atendidos pelo SAMU 192.

 

O médico disse que acompanhou, no passado, exames médicos de Lula, quando ainda não era presidente da República. E que na época, o estado de saúde de Lula era bom. Além disso, lembrou, era um bom paciente, que fazia revisões sistemáticas. Para Jatene, hipertensão é normal nessa faixa de idade, principalmente para quem trabalha muito, o que é o caso do presidente Lula.

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