
22 de junho de 2008 | 12h39
"O tempo da divergência chegou ao fim, acabou. Agora é um só compromisso, um só pensamento, é trabalhar por São Paulo", disse o ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB a prefeitura paulistana, em conversa com os jornalistas, pouco antes de discursar no plenário principal da Assembléia Legislativa, onde se realiza a Convenção Municipal do PSDB. Veja também: 'Serra teve papel decisivo na escolha de Alckmin', diz Guerra Não houve concessão para acordo no PSDB, diz Aníbal Alckmin também destacou a importância do papel do governador José Serra no acordo efetivado na noite de sábado, e que referendou sua pré-candidatura. "Serra como eu é fundador do Partido", afirmou. Questionado se o governador teve papel decisivo disse "terá na campanha e terá na vitória". Em coletiva encerrada por volta das 14 horas, Alckmin disse ter acompanhado discursos de demais integrantes do PSDB e disse que não houve interferência de cima ou acordo para definição de um candidato próprio. "A minha candidatura é da base. É da alma do partido", salientou. Alckmin também vai apoiar os vereadores, mesmo aqueles que defendiam a candidatura do atual prefeito Gilberto Kassab. "Eu estarei com todos eles. Vou fazer campanha para todos", afirmou. Também disse que não há dissidência no partido, e segundo ele é natural que haja divergência antes da convenção. Ele também afirmou que vencendo, irá cumprir os quatro anos de mandato e também acrescentou que o governador Serra poderá contar com ele em 2010. Ao ser questionado sobre o apoio ao governador mineiro Aécio Neves, disse que vai trabalhar para unir os dois. "Os três, pois também temos o Arthur Virgilio", salientou. Logo após a coletiva de Alckmin, o presidente do PSDB, Senador Sergio Guerra (PSDB-PE) reforçou que a unidade do PSDB em São Paulo é vital para as eleições de 2010. "É importante não fragilizar",disse. Ele também afirmou que o governador José Serra sai fortalecido da decisão de lançar candidato único para a prefeitura paulistana. Convenção O partido está reunido neste domingo, 22, para definir quem será lançado candidato à Prefeitura de São Paulo. Antes de um acordo feito na noite de sábado, os tucanos estavam rachados e parte do tucanato apoiava uma chapa conjunta com o atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM). Em nota, a ala tucana que apoiava a aliança entre o partido e o DEM destacou que a importância de preservar a unidade do partido levou à decisão de retirar a chapa na convenção municipal. Com isso, a pré-candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin será confirmada. Parte dos vereadores que apoiava a chapa com Kassab resolveu não votar na convenção municipal do partido para escolher o candidato. Leia a nota oficial: "A bancada de vereadores do PSDB de São Paulo e setores importantes do partido da capital sustentavam a tese de candidatura de aliança entre o PSDB-DEM para a eleição municipal, tendo Gilberto Kassab como candidato a prefeito e o vice do PSDB. Concomitantemente, defendemos o nome de Geraldo Alckmin para governador em 2010. Caminhamos com esta tese até a apresentação da chapa democrática à nossa convenção, hoje domingo, 22, materializando esta proposta. Temos a avaliação de que poderíamos vencer democraticamente pelo voto dos delegados. Diante de todo o trabalho realizado e das manifestações de apoio. Temos também profunda convicção da justeza de nossa tese. Porém, diante das ponderações e apelos das direções nacional, estadual e municipal do PSDB, exaustivamente reiteradas, assim como de expressivas lideranças partidárias de todo o país, e após minuciosa avaliação feita por nós, decidimos em que pese a certeza do acerto de nossa proposta e a possibilidade concreta da vitória de nossa tese, abrir mão da disputa na convenção. Fazemos isto baseados na avaliação da conjuntura, lamentando o sacrifício da democracia interna, preservando a unidade do partido, o respeito pelos nossos aliados e evitando seqüelas maiores para o povo de São Paulo. Saudações social-democráticos, Vereadores do PSDB da capital"
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