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'Temos muita esperança de que Lula saia da prisão antes do Natal', diz Gleisi

Presidente do PT voltou a fazer críticas ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento do ex-presidente e que aceitou convite de Bolsonaro para ser ministro da Justiça

Por Cristian Favaro
Atualização:

A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse nesta segunda, 10, esperar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava-Jato, seja libertado antes do Natal. "Temos muita esperança que Lula saia da prisão antes do Natal. Se isso não acontecer, estamos organizando um Natal com Lula". disse.

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"Estamos apostando em um habeas corpus que está no Supremo, que pede a liberdade do presidente Lula. Entendemos que Lula é inocente, não oferece nenhum risco à sociedade para estar em uma prisão em segundo grau. E achamos que o Supremo tem se mostrado recentemente com posições mais garantistas", disse ao Estado/Broadcast Político.

Ela voltou a fazer críticas ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento do ex-presidente. Segundo Gleisi, Lula foi preso "sem provas" em meio a um Judiciário "de altíssimo grau de politização". "Isso é evidenciado pela nomeação de Moro para ministro da Justiça (do presidente eleito Jair Bolsonaro). Sabemos que cargo de ministro é cargo político, não técnico", disse. 

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Ela ainda disse esperar que o ex-presidente Lula seja libertado antes do Natal. "Temos muita esperança que Lula saia da prisão antes do Natal. Se isso não acontecer, estamos organizando um Natal com Lula", disse a senadora, sem dar mais detalhes de como se daria tal saída ou se entende que o ex-presidente poderia conseguir a prisão domiciliar. 

As falas foram feitas durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. A senadora acrescentou que, com Moro à frente do Ministério da Justiça, "teremos um estado policial" no País. "E achamos que esse estado vai ser opressor a quem fizer oposição ao governo".

Gleisi também fez críticas ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chamado de "Chicago Boy" pela petista. "Teremos um estado opressor e a população submetida a um estado muito grave de proteção social". Ela ainda destacou que a vitória de Jair Bolsonaro só foi possível pelo fato de Lula ter sido impedido de disputar o pleito. "Fernando Haddad fez uma campanha bonita, mas muito difícil, pois estávamos lutando contra uma fábrica de fake news", disse.

O candidato derrotado à Presidência pelo partido, Fernando Haddad, era aguardado no primeiro painel do encontro, mas não compareceu. Segundo a organização, ele alegou ter um compromisso nesta manhã e poderá participar de outro painel na parte da tarde.

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