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Temer vai a banquete mineiro com deputados na véspera da votação da denúncia

Segundo o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), organizador do jantar, mais de cinquenta deputados passaram pelo local; no Rio, protesto contra presidente terminou em conflito

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Foto do author Felipe Frazão
Por Felipe Frazão e Fabio Grellet
Atualização:
Temer chegando ao jantar promovido pelo vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) Foto: Felipe Frazão

BRASÍLIA e RIO- O presidente da República, Michel Temer, repetiu o ritual e foi a jantar no apartamento do vice-presidente da Câmara, deputado Fabio Ramalho (PMDB-MG), na noite anterior à votação da segunda denúncia criminal contra ele, pauta principal do plenário nesta quarta-feira. Temer chegou depois das 22h30 ao banquete típico da cozinha mineira no apartamento funcional do deputado, na Asa Sul de Brasília.

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O presidente estava sorridente e acenou ao lado de Ramalho, depois de um dia de reuniões com parlamentares da base aliada para tentar os últimos votos contrários à acusação por organização criminosa e obstrução de Justiça.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que assim como Temer foi denunciado na mesma acusação por organização de quadrilha, disse mais uma vez que a o governo terá um “excelente desempenho” e deve atingir entre 260 e 270 votos para barrar a denúncia.

Ele afirmou que confia que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concluirá a votação nesta quarta. “Sei que há artimanhas regimentais que tenderão a levar mais adiante”, disse Padilha.

+++ Câmara precisa encerrar nesta quarta esse assunto, afirma Maia sobre denúncia

Segundo Ramalho, mais de cinquenta deputados já passaram no jantar, além do advogado Gustavo Guedes, que defendeu Temer em questões eleitorais. Além de Padilha, também estão presentes os ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Helder Barbalho (Integração Nacional), Torquato Jardim (Justiça) e Ricardo Barros (Saúde). Parte deles foi embora em menos de 20 minutos.

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Protesto no Rio

Um protesto organizado por entidades estudantis e da sociedade civil contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB) terminou em confusão, na noite desta terça-feira (24), no centro do Rio de Janeiro. 

Segundo relatos nas redes sociais, ativistas mascarados teriam começado a pichar o Palácio Pedro Ernesto, a sede da Câmara Municipal, na Cinelândia, e a Polícia Militar interveio dispersando os ativistas com bombas e gás pimenta. Até as 23h não havia registro de feridos nem presos.

O protesto começou ao redor da igreja da Candelária, por volta das 18h, e cerca de uma hora depois os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Rio Branco rumo à Cinelândia. Intitulada “Inaceitável”, a manifestação também reuniu artistas.

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