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Temer traça estratégia para manter votações e mobilizar a base contra denúncia

Presidente deve reunir ministros e Rodrigo Maia no Jaburu neste domingo para avaliar os reflexos da nova denúncia de Janot; presidente embarca para os EUA na segunda-feira

Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - Após definir que, pelo menos por enquanto, não fará pronunciamento para se defender da segunda denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer passou a manhã deste sábado no Palácio do Planalto para preparar sua viagem aos Estados Unidos.

Antes de tratar desse tema, Temer recebeu em seu gabinete o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, encontro incluído posteriormente na agenda. O Planalto, no entanto, não divulgou o que foi tratado com Nardes.

Temer em reunião comministros e assessores neste sábado para tratar da viagem dos EUA Foto: Beto Barata/PR

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Depois, para cuidar da viagem a Nova York, Temer esteve com os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, além de assessores. A previsão é que o presidente embarque para os EUA na manhã de segunda-feira, logo após participar da posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

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Temer, que estava em dúvida se devia ou não fazer um pronunciamento para tratar da segunda denúncia, em que ele é acusado de participar de organização criminosa e obstrução de justiça, ouviu interlocutores e foi convencido de que a nota divulgada na quinta-feira é suficiente neste momento. Na nota, assinada pela Secretaria de Comunicação, o Planalto afirma que a segunda denúncia é "recheada de absurdos", "falta de credibilidade" e "realismo fantástico em estado puro.

Para este domingo, a previsão é de que Temer promova uma outra reunião, que deve incluir a avaliação política dos reflexos da nova denúncia de Janot, estratégia para tentar manter um calendário de votações no Congresso e mobilização da base aliada para rebater as críticas e ataques ao presidente. 

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Na sexta-feira, em São Paulo, Temer discutiu com seus advogados a sua defesa. Alguns ministros deverão ir ao Palácio do Jaburu, no final da tarde de domingo, e até mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assume interinamente o comando do país na segunda, poderá se encontrar com Temer. 

No domingo ele também deve revisar o discurso que vai fazer na ONU, na terça-feira, onde pretende citar a crise da Venezuela. Os problemas enfrentados pelo país vizinho, inclusive, serão o principal tema do jantar que Temer participará a convite do presidente norte-americano, Donald Trump, em Nova York, primeiro compromisso oficial do brasileiro, nos EUA. Deste jantar participam também os presidentes da Colômbia e do Peru.

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