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Temer se reúne com Dilma para tratar do novo governo

Por Andrea Jubé Vianna
Atualização:

Após tomar café da manhã com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT), na casa dela no Lago Sul, em Brasília, o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), afastou as insinuações de que teriam começado as divisões de cargos e ministérios no próximo governo. Foi uma conversa exclusiva entre Dilma e Temer, que ontem à noite se reuniu com o presidente do PT, José Eduardo Dutra.Segundo Temer, a reunião com Dilma nesta manhã foi entre a presidente da República eleita e o vice-presidente eleito, e não com o presidente nacional do PMDB, cargo que ele acumula com a presidência da Câmara. "Toda vez que esse assunto vem à tona (a definição de nomes e ministérios), dizem que o PMDB está atrás de cargos. E não é isso, falo aqui mais como vice-presidente, portanto membro do governo, e não como presidente do PMDB."Michel Temer afirmou que se reuniu nesta manhã com Dilma para estreitar a relação entre presidente e vice-presidente, que "deve ser um contato permanente e sem cerimônia", para definir as diretrizes do próximo governo. Segundo ele, será uma "quase sequência do atual governo".Temer confirmou que o governo de transição será instalado na próxima segunda-feira, às 11 horas, e deverá funcionar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ele acrescentou que ficará em contato permanente com Dilma nos dias em que ela estiver fora para descansar da campanha.Ele afirmou que PMDB e PT assinarão um documento para dividir o comando da Câmara nos próximos quatro anos, cabendo um biênio a cada um. Entretanto, ressalvou que a escolha de quem ocupará o primeiro biênio ficará para janeiro. O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Alves (RN), e o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), travam uma queda de braço pelo cargo. Alves declarou recentemente que não abre mão de assumir a presidência da Casa já em 2011.Por fim, Temer complementou que os trabalhos na Câmara recomeçam hoje, após quatro meses de recesso branco por causa da campanha eleitoral. A prioridade das votações serão as 13 medidas provisórias que bloqueiam a pauta do plenário.

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