BRASÍLIA - A ausência de mulheres no primeiro escalão do governo Michel Temer é um desgaste político que o presidente em exercício tentará minimizar com nomeações nos melhores postos do segundo escalão. Neste domingo, grupos foram às ruas protestar contra a falta de representatividade feminina no novo governo.
Ao ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM-PE), por exemplo, foi pedido que a Secretaria Nacional de Cultura seja ocupada por uma mulher com trânsito no meio artísitico. "A secretaria executiva, a chefia de gabinete e a presidência do INEP (Indtituto Nacional de Estudos e Pesquisas) serão ocupadas por mulheres", disse ao Estado o ministro. "O que houve foi uma contingência do momento. A ausência de mulheres não é uma postura", concluiu Mendonça.
A mesma demanda foi repassada para os demais ministros: "encontrem boas gestoras em seus quadros". Quando questionados sobre a ausência feminina na Esplanada, os ministros minimizam.“Eu gostaria muito que tivéssemos mais mulheres e negros, mas isso não é fundamental. O fundamental é que seja o governo eficiente”, diz Sarney Filho (PV-MA), ministro do Meio Ambiente.