
27 de abril de 2009 | 18h13
A nova posição é resultado de uma articulação de Temer, dos líderes partidários e de integrantes da Mesa Diretora que preferem apostar no "risco zero", ou seja, evitar que durante a votação deputados insatisfeitos consigam alterar o texto para permitir que cônjuges e filhos dependentes possam viajar por conta dos recursos da Câmara. Só a tentativa de afrouxar as regras poderia significar desgaste político para a Casa e para Temer, uma das principais lideranças do PMDB e presidente licenciado da legenda, que poderia ser desautorizado pelo plenário.
Além disso, os líderes querem evitar expor os seus deputados em uma votação nominal, com o registro dos votos no painel. Temer procurou explicar que não era um recuo. "Querem induzir que há recuo. A reação do plenário foi vigorosa", disse Temer, referindo-se à quarta-feira passada, quando anunciou as novas regras. "Se as principais lideranças que eram contra agora acham que não será necessário (votar no plenário), não serei eu que levarei ao plenário."
O deputado Sílvio Costa (PMN-PE), que recuou na disposição de aprovar uma emenda para afrouxar as regras do uso de passagens, discordou da nova posição. Ele defende a votação nominal no painel eletrônico. "Não querem ir para a votação nominal para não expor os companheiros", disse. "Esse acordo fica cheirando mal", protestou.
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