Temer leva a Dilma nesta 3a nomes do PMDB para seis ministérios

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Por LEONARDO GOY
Atualização:

O PMDB já tem um cardápio com nomes para compor o primeiro escalão do governo da presidente eleita Dilma Rousseff e trabalha com um cenário de seis ministérios. Segundo fonte no PMDB, o partido espera abocanhar Minas e Energia, Agricultura, Defesa, Previdência Social, Turismo e Secretaria de Assuntos Estratégicos. Por enquanto, é dada como certa a manutenção de Nelson Jobim na Defesa, bem como o retorno do senador Edison Lobão (PMDB-MA) ao Ministério de Minas e Energia. O menu ministerial deverá ser apresentado pelo presidente da legenda e vice-presidente eleito Michel Temer nesta terça-feira em almoço com Dilma na Granja do Torto. O ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco, aliado de Temer, deve ser escolhido ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos. A secretaria com status de ministério é vista como um prêmio de consolação por alguns peemedebistas mas, para agradar o partido, deve ser "engordado" com a gestão do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, que hoje está ligado à Secretaria de Relações Institucionais, segundo a fonte. O Conselhão é um órgão de aconselhamento da Presidência da República formado por empresários, sindicalistas e representantes da sociedade civil. As diferenças nos cardápios do PMDB aparecem na formação dos demais ministérios. No cenário principal - e mais provável, segundo uma liderança do partido - o atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi, permanece no cargo. O senador eleito pelo Amazonas Eduardo Braga deve ser indicado ministro da Previdência. Para o Turismo, o partido tem quatro nomes, os deputados federais Pedro Novais (MA), Fátima Pelaes (AP) e Mendes Ribeiro (RS), e o senador Almeida Lima (SE). Em um cenário alternativo, e menos provável, o deputado Pedro Novais, ligado ao presidente do Senado, José Sarney, poderia ser indicado para a Previdência. Nessa hipótese, Eduardo Braga poderia ser realocado para a Agricultura e Rossi, para o Turismo. Segundo o líder peemedebista entrevistado pela Reuters, que preferiu não se identificar, o PMDB não deverá comprar briga para manter o Ministério da Saúde. Cresce no bastidor a possibilidade de a pasta ficar com o petista Alexandre Padilha, hoje titular da Secretaria de Relações Institucionais e médico de formação. A avaliação no PMDB é de que apesar de o atual ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ser filiado à legenda, ele não é uma indicação do partido, mas sim da cota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PMDB também cobiçava o Ministério das Cidades, responsável por volumosos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de habitação, saneamento e urbanização. A pasta está hoje nas mãos do ministro Márcio Fortes, do PP. Ele sairia, mas o PP deve continuar controlando o setor. O nome mais provável é o do deputado Mário Negromonte (PP-BA). Dilma já anunciou os nomes de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda que caiu por escândalo em 2006, para chefiar a Casa Civil; Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelo diálogo do governo com as entidades da sociedade civil. Além disso, na Justiça foi confirmado o nome do deputado José Eduardo Cardozo (PT), um dos coordenadores da equipe de transição de governo e secretário-geral do PT. Na área econômica, a presidente eleita formalizou a permanência de Guido Mantega na Fazenda, Alexandre Tombini para presidir o Banco Central e Miriam Belchior no Ministério do Planejamento.

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