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Temer: intervenção não é sinal de fraqueza de Dilma

Por Anne Warth
Atualização:

O vice-presidente da República, Michel Temer, disse hoje que a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na crise que envolve o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, não é uma demonstração de fraqueza política do governo Dilma Rousseff."Não, não me parece. O presidente Lula tem presença marcante no País e sem dúvida alguma é muito ligado a presidente Dilma e ao governo", afirmou, após participar do seminário "Brasil do diálogo, da produção e do emprego", em São Paulo. De acordo com Temer, Lula tem focado sua atuação na área política, principalmente sobre reforma política. "O que Lula tem feito é circular um pouco mais sobre o foco político. Ontem, na maior parte da reunião da qual participei, ele falou sobre reforma política. Ele é uma voz autorizada como tantas outras", afirmou.Temer disse confiar plenamente em Palocci e disse que o ministro dará esclarecimentos ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. "Nós confiamos nele, em sua lisura. Estamos muito confiantes em relação às atitudes que ele tomou no passado e que tomará agora". Questionado, Temer negou que o governo esteja paralisado em função da crise. "Não, nem minimamente", disse.ReivindicaçõesTemer esteve hoje em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e centrais sindicais, na capital paulista. Ao final do evento, os presidentes da Fiesp, Paulo Skaf, da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, e da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, entregaram a Temer um documento final com reivindicações de trabalhadores e empresários para o governo.O vice-presidente se comprometeu a levar os pleitos à presidente Dilma. Entre os pedidos, estão propostas para facilitar financiamentos para a indústria, apoio a programas de inovação tecnológica, programas de qualificação profissional, novas regras para utilização de créditos tributários e ações de defesa comercial, dentre outras propostas.

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