
06 Fevereiro 2010 | 17h58
Temer, ao lado de Sarney, cumprimenta Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais
BRASÍLIA - O deputado Michel Temer (SP) conseguiu hoje se reeleger presidente do PMDB apesar da resistência do grupo liderado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. A vitória da chapa única encabeçada pelo atual presidente da Câmara, na convenção nacional do partido também consolidou seu nome como candidato a vice da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República. A recondução de Temer foi aprovada por 591 dos 597 correligionários que participaram do encontro.
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Apoiado pelos diretórios regionais de Pernambuco, Paraná e Santa Catarina, o grupo de Quércia chegou a obter ontem uma decisão liminar da Justiça do Distrito Federal impedindo o encontro, mas o recurso foi cassado na mesma noite. Quércia, que apoia a candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência, é contrário à formação de uma aliança nacional entre o PMDB e o PT. Há ainda setores do partido que defendem a candidatura própria peemedebista - o governador do Paraná, Roberto Requião, chegou a lançar o seu nome na disputa.
A vitória de Temer foi celebrada pelo Palácio do Planalto. "Essa recondução do presidente Michel Temer reforça a participação do PMDB na ideia da pré-candidatura da ministra Dilma como sucessora do presidente Lula", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que fez questão de comparecer ao encontro para mostrar a importância do PMDB dentro dos planos do governo para as eleições de outubro. "O PMDB precisa de muito mais espaço nacional", defendeu Temer. "Sem o PMDB não há condições de conduzir o País."
Apesar de ter saído claramente fortalecido, Temer evitou tratar a sua possível indicação para o posto de vice na chapa de Dilma como fato consumado. "Vice é circunstância política, portanto, só mais adiante é que vamos verificar qual é a consolidação da aliança e em seguida qual é o melhor nome para vice", disse.
Meirelles
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, também foi à convenção, mas evitou dar indicações sobre seu futuro político. "A minha absoluta atenção no momento, até o começo de abril, é o Banco Central", disse ele, que se filiou ao partido em setembro.
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