
29 de outubro de 2010 | 18h12
"Dilma tem 57% das intenções de voto, mas até domingo, por todos os cantos do Brasil, vamos trabalhar para que ela tenha 83% dos votos, como o índice de aprovação do presidente Lula", disse Temer, do alto de um caminhão de som. O candidato a vice foi o primeiro a falar no evento e se retirou em seguida, rumo ao Rio de Janeiro, acompanhado do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para acompanhar o último debate presidencial, que será realizado às 22h de hoje pela TV Globo.
Coube a Mercadante fazer o discurso mais inflamado do comício. Ele prestou uma homenagem ao ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner e puxou um coro na Praça da Sé com as duas principais frases que os argentinos têm manifestando nos últimos dois dias: "Obrigado Nestor. Força Cristina."
"Dilma representa a continuidade da integração dos povos da América do Sul e, no aspecto comercial, o Brasil é duas vezes mais importante para a Argentina do que os Estados Unidos, pois 19% das exportações argentinas vêm para o Brasil, enquanto só 8% delas vão para os Estados Unidos", disse Mercadante.
"Dilma é a continuidade da integração, enquanto Serra diz que o Mercosul é uma integração ''cucaracha''. Ele fala grosso com a Bolívia e o Paraguai, mas fala fino com Washington", afirmou o petista, lembrando que a frase foi dita pelo cantor e compositor Chico Buarque em um ato de apoio de artistas e intelectuais a Dilma no Rio. Mercadante disse que Serra não fez propostas como candidato e preferiu falar de outros temas na campanha, como "a bolinha de papel na sua cabeça e o aborto".
Ao deixar o palanque, Mercadante afirmou aos jornalistas que a partir do dia 1.º de novembro, com a esperada vitória de Dilma, o País continuará a crescer de forma sustentada, criando emprego e melhorando a distribuição de renda. "O Brasil vai consolidar esse programa do presidente Lula que começou em 2003 e tornou o País respeitado em todo o mundo", concluiu.
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