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Temer diz que PMDB sairá do governo com candidatura própria

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente eleito do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse na noite deste domingo, após a proclamação de sua vitória na convenção nacional, que o partido terá que deixar o governo logo após a escolha do seu candidato à presidência da República nas eleições prévias marcadas para 20 de janeiro. Ele sustentou, no entanto, que, a partir da convenção deste domingo, que aprovou a candidatura própria, o PMDB terá que assumir uma posição de independência do governo nas votações do Congresso. Segundo Temer, a fidelidade ao governo levou o PMDB a defender algumas posições que nem sempre coincidiam com o que o partido considerava melhor para o País. Como exemplo de independência, ele avisou que o PMDB votará contra os interesses do governo quando o projeto que propõe a eliminação da cumulatividade das contribuições sociais - do qual é o autor - for apreciado pelo plenário da Câmara. Temer disse ainda que o PMDB não irá abandonar o ex-presidente do partido e presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PA), no processo de quebra de decoro parlamentar que está sendo investigado pelo Conselho de Ética do Senado. Segundo o novo presidente do PMDB, as denúncias não foram comprovadas e é preciso esperar a conclusão do julgamento. Ele disse que a Comissão Executiva Nacional do PMDB irá examinar prontamente o caso do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), cassado por envolvimento no desvio de recursos da obra superfaturada do Fórum Trabalhista de São Paulo, podendo propor a expulsão dele do partido. Temer disse também que deseja a permanência do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, no partido e que vai trabalhar pela unidade do PMDB. Ele avaliou ainda que a vitória menos expressiva do que se calculava acabou sendo conveniente porque representou a proporção normal de divergência interna do partido.

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