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Temer diz que não participará de jantar com Lula

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Por Christiane Samarco
Atualização:

O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), comunicou hoje ao Palácio do Planalto que não participará do jantar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer oferecer à cúpula do partido no início da semana que vem, para tratar de sucessão no Senado. Sua ausência tem objetivo duplo. De um lado, Temer tenta descolar sua candidatura à presidência da Câmara, com apoio dos petistas, da briga entre o PMDB e o PT do senador Tião Viana (AC), pelo comando do Senado. De outro, procura mostrar ao Planalto que a sucessão na Câmara é uma questão do partido e, no Senado, um problema do governo. Antes de viajar de férias com a primeira-dama Maria Letícia na virada de 2009, o presidente Lula avisou ao líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que chamaria o partido para esclarecer de vez o quadro no Senado e obter uma palavra definitiva do senador José Sarney (PMDB-AP) sobre seu eventual retorno ao comando do Congresso. Temer decidiu se antecipar ao convite oficial, para não melindrar o presidente. Em vez de recusar o chamado de Lula, preferiu agir preventivamente, procurando o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, para evitar que seu nome entre na lista de convidados. Na conversa com o ministro, o presidente do PMDB ponderou da inconveniência de "misturar" a briga dos senadores com a sucessão "pacífica" da Câmara, onde PMDB e PT estão unidos e sua candidatura conta com o apoio de outros dez partidos da base aliada e da oposição. Lembrou, mais uma vez, que a cadeira de presidente do Senado não fez parte do acordo entre deputados petistas e peemedebistas, no qual Temer foi escolhido para suceder o atual presidente Arlindo Chinaglia (SP).

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