Temer diz que aguardará com respeito e em silêncio decisão do Senado sobre impeachment
Após a aprovação da admissibilidade do impeachment, Temer voltou para São Paulo e tem se reunido com sua equipe
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Por Elizabeth Lopes
Atualização:
SÃO PAULO - Pela primeira vez depois que o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) fez uma declaração à imprensa para destacar que vai aguardar a decisão do Senado Federal, sobre o prosseguimento ou não deste processo contra a petista. "Eu só quero fazer uma brevíssima declaração para dizer que muito silenciosa e respeitosamente vou aguardar a decisão do Senado Federal, que é quem dá a última palavra sobre essa matéria, portanto, seria inadequado que eu dissesse qualquer coisa antes da solução a ser dada pelo Senado Federal", afirmou, na saída de sua residência, em São Paulo.
Após a aprovação da admissibilidade do impeachment de Dilma pelos deputados na noite do último domingo, Temer voltou para São Paulo e tem se reunido com sua equipe, com lideranças partidárias e os nomes cotados para o seu eventual governo.
Na noite de segunda, 18, o peemedebista jantou com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, um dos nomes que poderiam ocupar a pasta da Fazenda. O PSDB deu mostras de que pretende colaborar com uma eventual gestão de Temer, a fim de recolocar o País novamente na rota do crescimento, mas suas lideranças estão reticentes em aceitar cargos para não inviabilizar o projeto próprio da sigla para as eleições presidenciais de 2018. No encontro de segunda, Fraga teria declinado o convite. Na manhã desta terça, 19, um outro nome cotado para um eventual governo Michel Temer, Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB), esteve com o vice-presidente em sua residência na capital. Após o encontro, que durou cerca de uma hora, Alexandre Moraes disse que eles são amigos de mais de 20 anos, das aulas de direito constitucional, e que veio à sua casa para saber se ele precisava de alguma medida com relação à segurança da área, por ser vice-presidente, mas "aguardando a possibilidade de assumir a Presidência (da República)". Ele refutou que tenham conversado sobre uma indicação ministerial e disse que seu cargo é de secretário da Segurança Pública de São Paulo. Indagado sobre a postura de Temer neste momento, comentou. "É uma pessoa experiente, um político experiente e um jurista conceituado, sabe a importância do momento e está aguardando a definição que será dada pelo Senado Federal."
Câmara dos Deputados vota processo de impeachment
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Deputados votam impeachment de Dilma Foto: Andre Dusek/Estadão
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Deputado Weverton Rocha (PDT-MA) discute com colegas e gera empurra-empurra na aberturada sessão de votação do impeachment Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃO
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Imagemde deputados que votam aparece no telão da Câmara Foto: Andre Dusek/Estadão
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Houve gritos e empurra-empurra na abertura da sessão Foto: AFP PHOTO / EVARISTO SA
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A sessão de votação começou com tumulto e interrupções ao discurso de abertura do presidente da casa Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
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O deputado Paulinho da Força usou o seu tempo para cantar uma paródia de Para Não Dizer Que Não Falei das Flores, de Geraldo Vandré, para criticar o g... Foto: Dida Sampaio/EstadãoMais
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abriu a sessão Foto: AFP PHOTO / EVARISTO SA
Deputados pró e contra o governo levaram faixas, cartazes e balões Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Ao lado de Jair Bolsonaro, Marco Feliciano e outros deputados da legenda, o parlamentar André Moura criticou o gestão petista Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Abertura da sessão de votação teve tumultos e manifestações individuais de parlamentares Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Defensor do governo Dilma, o deputado Silvio Costa chamou Eduardo Cunha de "bandido, ladrão e canalha" Foto: Dida Sampaio/Estadão
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O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB RJ) abre a Sessão Especial de Votação do pedido de Impeachment pelo plenário da Câmara dos Deputados Federa... Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃOMais
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O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB RJ) abre a Sessão Especial de Votação do pedido de Impeachment Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Aberta a sessão Especial de Votação do pedido de Impeachment pelo plenário da Câmara dos Deputados Federais em Brasília Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Deputado Paulo Teixeira (PT SP) questiona o presidente Eduardo Cunha a presença de deputados de oposicão na mesa Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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O presidente de Honra do PTB Roberto Jefferson e Benito Gama (PTB - BA), que foi presidente da CPI que resultou no Impeachment de Fernando Colllor em ... Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃOMais
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Paulo Maluf (PP SP) declarou , ao chegar à Câmara, que 'não existe motivo jurídico para o afastamento da petista'.Leia aqui Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃO
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O presidente de Honra do PTB Roberto Jefferson conversa comBenito Gama (PTB - BA), que foi presidente da CPI que resultou no Impeachment de Fernando C... Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃOMais
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Roberto Jefferson posou para fotos ao lado da filha Cristiane Brasil e de Arnaldo Faria de Sá Foto: Dida Sampaio/Estadão
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O deputado Orlando Silva (PC do B) se envolveu em discussão com parlamentares da oposição Foto: Andre Dusek/Estadão
De acordo com reportagem do Estadão de hoje, Michel Temer já definiu três eixos principais para a formação de sua eventual gestão, focados nas áreas mais críticas da crise que o País enfrenta: economia, infraestrutura e área social. A partir desse tripé ele pretende criar três superministérios para reduzir a máquina governamental e impulsionar uma gestão de transição que tenha como prioridades a retomada do crescimento e a estabilidade política. Na avaliação do peemedebista, a formação de um ministério reconhecidamente técnico e respeitável seria o melhor caminho para aliviar as pressões sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassação da chapa que o elegeu junto com Dilma em 2014.