Temer diz a Lula que maioria do PMDB quer apoiar governo

Segundo o presidente nacional do PMDB, essa é a "vontade majoritária do partido"

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Por Agencia Estado
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O presidente nacional do PMDB, Michel Temer, adiantou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião institucional, nesta quarta-feira, que a ampla maioria do PMDB deseja integrar a coalizão governista, essa é a "vontade majoritária do partido". Ele se recusou a falar sobre porcentual de integrantes do partido que apóia a adesão à coalizão. "Não tenho como falar em números mas posso dizer que é amplíssima a maioria que está disposta a apoiar essa agenda", disse. Temer fez questão de ressaltar que preferia não ser identificado como integrante de uma ala independente do PMDB. "Não gostaria mais de fazer essa distinção entre governistas e oposicionistas. Acho que há uma integração do PMDB hoje, em virtude dessa agenda proposta pelo presidente. O partido é majoritariamente favorável à coalizão", afirmou ele. O presidente do partido garantiu que não se tratou de cargos e também não se falou da sucessão na Câmara, na qual PT e PMDB ensaiam uma disputa pela presidência. E acrescentou: "O espaço (do PMDB) no Executivo será uma discussão para mais adiante". O presidente, segundo Temer, ficou satisfeito com a reunião. "Agora eu estou confiante de que vamos ter mudança de qualidade na relação política, porque a relação política com o PMDB se dá de forma institucional", teria dito o presidente Lula, segundo relato de um dos participantes. Em seguida, o próprio Lula admitiu que não há uma unanimidade no PMDB, mas reconheceu que essa unanimidade não existe nem no PT. "O importante é que agora temos uma posição majoritária do partido", encerrou Lula. Temer não deixou de lembrar que ainda há dificuldades a serem superadas. Na reunião que teve na véspera com seis senadores do PMDB, eles anunciaram um bloco de oposição ao governo. Ele ressaltou que na agenda mínima proposta pelo presidente estão contempladas as várias teses do PMDB. Ele, no entanto, não entrou em detalhes sobre quais seriam essas teses. Ao ser questionado se entregaria o PMDB ao governo, afirmou: "Não vou entregar nada. A intenção é trazer o PMDB para uma coalizão para apoiar essa agenda mínima." Colaborou Christiane Samarco Este texto foi alterado às 19h20 com acréscimo de informação

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