Temer, Dilma, Lula: outros presidentes que foram ao programa do Ratinho

Em tom descontraído, apresentador costuma tratar de aspectos da vida pessoal dos entrevistados e dos desafios do governo

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Por Redação
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro concedeu na noite de terça-feira, 4, uma entrevista ao programa do Ratinho, no SBT, em que reconheceu a dificuldade em montar uma base no Congresso para aprovar a proposta de reforma da Previdência. O presidente disse acreditar que ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) no plenário da Câmara, mas afirmou que parlamentares "reticentes estão cedendo". O programa foi gravado no dia 27, nos estúdios da emissora em São Paulo. 

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Perguntado se a tramitação do projeto tem "demorado", Bolsonaro destacou que a Câmara está cumprindo os prazos regimentais, apesar dos "ruídos", e enfatizou que está à disposição do Parlamento para discutir a reforma. Embora a pauta da Previdência tenha predominado, o presidente comentou ainda sobre outras propostas de seu governo. Ele reiterou a intenção de cortas verbas a ONGs que não são "bem intencionadas", como aquelas que "alimentam o Movimento Sem Terra (MST)". "Na Amazônia, tem mais ONG que índio", disse.

Bolsonaro e outros chefes de Estado já participaram do programa do apresentador e geralmente falam, em tom descontraído, sobre projetos do governo, vida pessoal e o dia a dia do trabalho como líder da nação. 

Michel Temer - janeiro de 2018

O então presidente Michel Temer deu entrevista ao programa do Ratinho em janeiro de 2018 para tratar de seu projeto de reforma da Previdência e angariar apoio popular. "Não podemos passar do mês de fevereiro. Os votos estão crescendo e nós vamos aprová-la, se Deus quiser, em fevereiro", afirmou na ocasião. 

Assim como para o atual governo, a reforma da Previdência era uma prioridade para Temer. "Aprovando a reforma, vamos melhorar a economia", disse. Ele pediu, inclusive, para que a população apoiasse o projeto. "Mandem carta para deputado, senador. "Se o povo estiver de acordo (com o projeto), ele (congressista) se sente confortável para votar". 

O então presidente Michel Temer foi ao programa para falar sobre a reforma da Previdência Foto: SBT/Reprodução

Dilma Rousseff - outubro de 2013 

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A então presidente Dilma Rousseff, no final de seu primeiro mandato, concedeu entrevista a Ratinho e um dos principais temas tratados na conversa, realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília, foi o resultado das manifestações de junho de 2013. As manifestações são vistas hoje como um marco na relação entre a política e a população, com perda de credibilidade dos parlamentares.

Questionada por Ratinho na ocasião sobre sua avaliação sobre os protestos, Dilma disse que os via de maneira positiva. "Elas (manifestações) fazem parte do processo de democracia e inclusão social do Brasil. Em um País que teve a maior transformação na última década, acho que as manifestações queriam era avançar mais. Queriam mais democracia, mais garantia de direitos, mais informação e melhores serviços públicos. O que é absolutamente legítimo", respondeu. 

Dilma Rousseff em entrevista ao programa do Ratinho em 2013 Foto: SBT/Reprodução

Luiz Inácio Lula da Silva - abril de 2004

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O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi entrevistado na Granja do Torto, em Brasília, em abril de 2004, e reclamou de greves de funcionários públicos que afetavam seu governo. Também respondeu sobre invasões do Movimento Sem Terra e falou sobre o salário mínimo. "Estamos preparando as bases para que a gente possa cumprir os compromissos e dobrar o poder aquisitivo do salário mínimo", disse. 

Lula reclamou da gestão anterior e do momento em que encontrou o Brasil. "Ora, nós tivemos um primeiro ano muito complicado em que nós encontramos o País quase na UTI. Hoje, eu posso dizer para você que este país saiu da UTI e ele já está andando nos corredores do hospital". "Hoje o Brasil bate recorde atrás de recorde nas suas exportações. Estamos tendo superávit comercial. O orçamento para que nós façamos investimentos em habitação, saneamento básico, cresceu este ano, nós temos mais dinheiro".

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