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Temer considera partido ‘satisfeito e amainado’

Mas vice avisa que PMDB voltará a discutir questão de distribuição de cargos depois das eleições para a presidência da Câmara

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Por Redação
Atualização:

RIO - O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira que o PMDB está "amainado" e "satisfeito" na disputa por cargos no governo Dilma Rousseff, mas disse que a legenda voltará a discutir a questão depois das eleições para a presidência da Câmara dos Deputados.

 

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"O PMDB amainou. O partido conseguiu os ministérios que conseguiu. Teve uma redução na sua densidade ministerial. Sobre a questão dos demais cargos, eu mesmo propus que ficasse para depois das eleições na Câmara", disse Temer, que participou ontem do 2º Congresso da Conferência Mundial de Justiça Constitucional no Rio.

 

Apesar de admitir que a discussão deve voltar entrar novamente em pauta, após a disputa eleitoral na Câmara, Temer ressaltou que a decisão sobre cargos será da presidente. "Ainda não houve a distribuição dos os cargos de segundo escalão. Quando este problema vier, não apenas o PMDB, mas todos os partidos vão apresentar (suas sugestões) e a presidente determinará o que será feito", afirmou. Ele descartou qualquer possibilidade de boicote ao governo nas futuras votações. "Não haverá isto. Nem da parte do PMDB, nem da parte dos demais partidos. O Congresso brasileiro é responsável. Tenho absoluta certeza de que isto não ocorrerá", enfatizou.

 

Temer a declarou que não teme dificuldades para o PMDB obter cargos no Ministério da Saúde, mesmo após a divulgação sobre a investigação do suposto desvio de R$ 500 milhões da Fundação Nacional de Saúde. "Se houve desvio, isto será investigado e as sanções aplicadas. No caso do Ministério da Saúde, o líder do PMDB já esteve com o ministro Alexandre Padilha. Eu mesmo fiz a intermediação deste encontro. Eles ajustaram que em conjunto escolherão os nomes. O nome não será do PMDB, mas será escolhido em conjunto", revelou.

 

O embate entre lideranças do PT e do PMDB começaram logo após o surgimento dos nomes dos futuros ministros do governo Dilma, ainda no ano passado. Recentemente, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que seus correligionários precisavam "ser convencidos" pelo governo do valor proposto pelo Planalto, de R$ 540, para o salário mínimo.

 

Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmara que Dilma vetaria qualquer valor acima desta proposta, anunciou que o governo editará uma medida provisória estabelecendo o valor R$ 545 reais, a partir de 1º de fevereiro.

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