Tem coisas que só ficamos sabendo muito tempo depois, diz Lula

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é importante que a população diga e reclame das coisas que não vão bem no País. Isso porque, segundo ele, "muitas vezes as coisas acontecem no governo e a gente só fica sabendo muito tempo depois. Então, é preciso que as pessoas digam", afirmou. Ele comparou a situação que se vive no governo como a que se vive em casa. "Muitas vezes acontecem as coisas em casa, com os nossos filhos, e a gente só fica sabendo muitos anos depois", disse. Lula deu essas declarações durante aniversário de 60 anos de inauguração da antiga fábrica da Cobrasma, que atualmente opera por meio de parceria entre as empresas inglesas Flanaço e Amsted Maxion. O presidente lembrou que um dos dirigentes da fábrica reclamou que o Brasil importava vagões ao invés de fabricá-los. "Eu não sabia disso e foi a partir do momento em que fui informado que pude tomar as decisões para mudar isso", comentou, reiterando a necessidade de que as pessoas digam e lutem para o que querem que mude no País. Lula afirmou que a economia do País vai continuar crescendo em 2005 e em 2006. Ele afirmou que o governo está empenhado para que o crescimento econômico ocorra de maneira homogênea e levando em consideração o desenvolvimento regional. "Queremos que a economia cresça de forma homogênea e com um olhar para o Norte e Nordeste", disse. Lula observou que o crescimento econômico só tem sentido se for um ciclo duradouro. "Tem de ser de forma sistêmica", declarou, acrescentando que muita gente torce para que tudo dê errado. O presidente insistiu que é preciso "tomar cuidado com os pessimistas que torcem para o País não crescer, até para justificar o discurso anterior deles". Ainda segundo Lula, entre os pessimistas, existem os que acham que o Brasil deveria crescer mais rápido. "Mas as coisas não acontecem fora de hora. Tudo tem um tempo de maturação", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.