Telefônica pode ser responsabilizada por danos ao cliente

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Por Agencia Estado
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Os funcionários públicos Everaldo Cruz Almeida e Mariana Gomes não se conhecem e caíram no mesmo golpe envolvendo a compra de linhas telefônicas, através do serviço 103 da Telefônica , de São Paulo, e a Telemar, do Rio de Janeiro.. Em março do ano passado, Everaldo foi adquirir um carro e descobriu na concessionária que estava com o nome inscrito no SPC e SERASA porque devia R$ 2 mil de uma linha telefônica. Em contato com a Companhia, ele descobriu que havia uma linha em seu nome, com outro número e que tinha sido instalada num dos bairros da Zona Noroeste, de Santos, entre 2001 e 2002. Segundo a Telefônica, ele teria utilizado o número 103, informado seu CPF e RG e adquirido sem nenhuma dificuldade o serviço. Sem conseguir resolver a questão de forma amigável, Everaldo entrou na justiça e, em março deste ano, ficou livre da dívida e vai receber uma indenização da empresa de 40 salários mínimos, cerca de R$ 11 mil reais. O advogado de Everaldo, Marcelo Marsaiole, explica que o procedimento da empresa não é ilegal, mas segundo o Código de Defesa do Consumidor e o novo Código Civil ela está assumindo o risco que a transação oferece. Telefônica explica Segundo a Assessoria de Imprensa da Telefônica, a empresa já recorreu da ação e informa que a habilitação de uma segunda linha pela Central de Relacionamento é uma facilidade que visa agilizar o serviço ao cliente. A empresa está ampliando a abrangência e eficácia dos filtros e procedimentos para combater a habilitação indevida de linhas e explica que entre as ações está o monitoramento do consumo do assinante, além do envio de uma carta de confirmação da aquisição para o endereço mais antigo do solicitante. Se não houver confirmação do pedido, a linha é cancelada automaticamente, garante a empresa. Caso Telemar Em novembro do ano passado, Mariana Gomes estava com o nome sujo porque devia R$ 2 mil por falta de pagamento em duas linhas telefônicas no Rio de Janeiro. Ela também descobriu o golpe ao abrir um crediário. Mariana teve mais sorte, entrou em contato com a Telemar, que ficou de checar a situação. No último final de semana a Companhia admitiu que o nome dela tinha sido usado indevidamente nas transações e prometeu providenciar a retirada do débito do SPC e do SERASA, o que deve acontecer dentro de 15 dias.

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