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Teixeira: contrato de sócios da VarigLog não é de gaveta

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Por Isabel Sobral
Atualização:

O advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suspeito de tráfico de influência no processo de venda da VarigLog, afirmou em entrevista que concedeu hoje, ao deixar a Comissão de Infra-Estrutura do Senado, que não considera "contrato de gaveta" o documento assinado entre representantes do fundo Matlin Patterson e os empresários brasileiros donos da VarigLog. O documento veio a público há cerca de dois meses, quando foi iniciada a disputa societária na Justiça de São Paulo. Na avaliação de Teixeira, esse acordo significa uma "porta de saída" para as duas partes, caso a sociedade não se concretizasse. Teixeira iria depor hoje na comissão, porém por manobra da oposição, seu depoimento foi adiado. "Os senhores não podem confundir isso com contrato de gaveta, que referenda uma situação acabada, o que não era este caso", afirmou Teixeira, acrescentando que quando entrou na representação do negócio entre VarigLog e Varig, esse documento já existia e não era do seu conhecimento. Ele afirmou que seu escritório foi contratado no dia 15 de abril de 2006, quando, no entendimento dos donos da VarigLog, a venda da ex-subsidiária de cargas para a Volo já tinha a aprovação do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC). Segundo Teixeira, seu escritório foi contratado para assessorar a VarigLog no leilão de venda da Varig, que ocorreu em junho daquele ano. Mesmo ressaltando que não tratou da negociação desse contrato (de gaveta), Teixeira defendeu o instrumento, afirmando que ele é legal. O advogado deu a entender que pode não voltar ao Senado para a audiência na Comissão de Infra-Estrutura. "Eu entendo que já estou prestando todas as informações que me cabem", disse Teixeira, ao distribuir cópias à comissão e aos jornalistas do depoimento que prestaria aos senadores.

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