Técnicos vivem momentos de tensão em aldeia terena

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Dez técnicos do Programa Pantanal que trabalham no Mato Grosso do Sul, ficaram nesta quinta-feira sob forte tensão como reféns dos índios terenas na Aldeia Buriti, município de Sidrolândia a 80 quilômetros de Campo Grande. Mais de uma centena de indígenas pintados para a guerra trancaram os trabalhadores em uma oca, visando forçar negociação de parte de US$ 4,7 milhões que serão distribuídos entre as aldeias do Estado. As vítimas estavam há dois dias discutindo com os índios os investimentos naquela área. O cacique, identificado apenas como Gabriel, disse que os índios decidiram retê-los porque não teriam participação na verba. Segundo informações colhidas no posto da Funai na aldeia Buriti, os reféns foram presos exatamente às 12 horas. O chefe do posto, Jorge Antônio, disse que os índios se mostravam dispostos a enfrentar qualquer situação até que a questão tivesse solução. Por volta de 21 horas (horário de Brasília), o coordenador do Programa Pantanal no MS, Sérgio Leal, conseguiu a libertação do grupo de técnicos, esclarecendo que a aldeia está incluída na ajuda financeira. O Programa é financiado pelo Banco Mundial, num total de US$ 400 milhões a serem aplicados no pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os US$ 4,7 milhões serão aplicados num total de 70% em projetos de apoio à sustentação da economia das aldeias, e os outros 30% na recuperação de áreas indígenas degradadas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.