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Técnicos respaldam ministros nomeados por critério público

Dilma Rousseff resolveu fortalecer a gestão das pastas nomeando secretários executivos mais experientes e ligados aos setores onde atuarão

Por Marcelo de Moraes
Atualização:

Depois de aceitar o critério político para partilhar sua equipe ministerial com os partidos aliados, a presidente Dilma Rousseff resolveu fortalecer a gestão das pastas nomeando secretários executivos mais experientes e ligados aos setores onde atuarão. Com isso, espera blindar seu ministério de um eventual apagão de gestão por conta da necessidade de atender politicamente os partidos que ajudaram sua campanha eleitoral.

 

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Assim, técnicos que chegaram a assumir a titularidade de ministérios terão esse papel comandando secretarias executivas. Será assim com Carlos Gabas, que será o número dois no Ministério da Previdência Social, depois de chefiar a pasta na maior parte do último ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

A experiência de Gabas no setor servirá de amparo técnico para o trabalho do novo ministro, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), escolhido para o cargo na cota política do PMDB. Sem experiência no setor, durante sua posse, Garibaldi reconheceu publicamente a necessidade da parceria com Gabas e revelou ter apelado pessoalmente para que o ex-ministro aceitasse ficar na secretaria executiva em vez aceitar o convite para presidir os Correios.

 

No Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann fez o mesmo caminho, deixando o comando da pasta, que volta a ser ocupada pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), para retornar à secretaria executiva.

 

Na Casa Civil, outro ministro político, Antônio Palocci, terá Beto Vasconcelos como principal auxiliar. Ele era subchefe de Assuntos Jurídicos na Casa Civil trabalhando justamente ao lado de Dilma e leva para Palocci a experiência de lidar com o estilo administrativo que a nova presidente mantinha no órgão.

 

A nomeação de Ana Fonseca para o segundo posto do Ministério de Desenvolvimento Social também funcionará de maneira semelhante com a ministra Tereza Campello. Na sua primeira passagem pelo ministério, Ana participou da formulação e implementação do programa Bolsa Família. Agora, poderá passar sua vivência na execução da proposta de erradicação da miséria no País.

 

O expediente não é uma novidade dentro do governo federal. Durante sua gestão, entre 1995 e 2002, Fernando Henrique Cardoso manteve sempre uma equipe de gestores técnicos em várias secretarias executivas de ministérios estratégicos. A lista de secretários incluiu quadros importantes como Antônio Anastasia, Pedro Parente, Milton Seligman, Martus Tavares, José Luiz Portella e Guilherme Dias, entre outros.

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