Técnicos não têm prazo para P-34 voltar a operar

Por Agencia Estado
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A Petrobras ainda não tem um prazo definido para retomar as atividades no navio-plataforma P-34, na Bacia de Campos. Os técnicos que estão a bordo da unidade devem apresentar relatório no final desta semana com a avaliação feita sobre as condições estruturais da P-34. Dez técnicos da estatal e outros sete de uma empresa holandesa especializada em acidentes em plataformas, estão avaliando os danos causados após o acidente do dia 13 de outubro, quando a P-34 adernou 32 graus e ficou sob risco de naufrágio por pelo menos quatro dias. A tese inicial é de que a pane elétrica causada no sistema de abastecimento de energia da plataforma impediu o funcionamento normal dos tanques de estocagem de óleo, permitindo que um deles, no lado esquerdo da plataforma concentrasse o total de 11 milhões de litros, o que provocou a inclinação. Além dos técnicos da Petrobras e da equipe holandesa, oficiais da Marinha e técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) também estão a bordo, avaliando as causas do acidente. Segundo a assessoria de imprensa da estatal a geração de energia na plataforma já foi restabelecida e os sistemas de segurança estão funcionando normalmente. Com a suspensão das atividades na P-34, a Petrobras deixa de faturar US$ 816 mil diários, obtidos com a produção de 36 mil barris de petróleo por dia. Desde o acidente, a estatal já perdeu cerca de US$ 8 milhões. Para esta semana a perda da Petrobras deverá ser amenizada com a entrada em operação de duas novas plataformas. A primeira delas fica no campo de Roncador e vai substituir a P-36, naufragada em março do ano passado. A produção será de 90 mil barris de óleo por dia. A segunda, que deve entrar em operação até amanhã, fica em Jubarte, o mais novo campo descoberto pela Petrobras e maior desde 1996, com reservas de 600 milhões de barris. A previsão é de que esta nova plataforma produza em torno de 15 mil barris por dia.

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