O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Guilherme Palmeira, negou, nesta sexta-feira, 15, por meio de nota, que tenha havido "motivação política" na apreciação do processo sobre os contratos de publicidade da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O tribunal investiga gastos da Secom na produção de cartilhas com propaganda do governo petista. Em resposta ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, que tem declarado estranhar a divulgação do processo "em plena campanha eleitoral" e de forma "precipitada e distorcida", Palmeira afirma na nota que o tribunal "atua com imparcialidade e serenidade em seus julgamentos, não havendo ´motivação política´, como foi insinuado". Segundo ele, o processo foi originado de auditorias realizadas em 26 órgãos públicos para auxiliar os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios. "A matéria foi inicialmente levada pelo ministro-relator Ubiratan Aguiar à apreciação do Plenário do Tribunal em novembro de 2005, ocasião em que houve pedido de vista e posterior juntada de novos documentos pela Secom/PR", afirma a nota. Palmeira destaca ainda que não se trata de julgamento definitivo da matéria, "uma vez que os responsáveis somente agora serão citados para apresentar suas defesas".