Taxa de redução de analfabetismo é mantida em 2003

Por Agencia Estado
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A taxa de redução do analfabetismo foi mantida em 2003, mas em ritmo menor do que o registrado nos anos anteriores. Na população acima de 10 anos, o número era 11,4% em 2001, passou a 10,9% em 2002 e ficou em 10,6% em 2003. O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, chamou atenção ontem para o fato de que dados da área social devem ser analisados em períodos mais longos, para detectar melhor a tendência de redução ou de aumento do indicador. No entanto, os números da PNAD devem ser levados em conta, já que a redução drástica do analfabetismo tem sido reiterada pelo presidente Lula como prioridade de seu governo, desde o discurso de posse. Com o acesso das crianças de 7 a 14 anos à educação praticamente universalizado no País, uma nova tarefa está desafiando os governantes: a qualificação do ensino. A partir de março do ano que vem, alunos da 4.ª e da 8.ª séries do ensino fundamental das escolas públicas farão testes de avaliação, para que sejam constatadas as maiores dificuldades. O passo seguinte será um programa de qualificação dos professores. Em 2003, houve um pequeno aumento no percentual na população de 7 a 14 anos que estuda, de 96,9% para 97,2%. "A criação do Fundef (fundo voltado ao ensino fundamental, que vinculou recursos para os municípios ao número de alunos matriculados) foi muito importante para que alcançássemos isso. Houve responsabilidade compartilhada dos governos federal, estaduais e municipais", diz Paulo Renato Souza, ministro da Educação nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Para o futuro, o ex-ministro da Educação alerta: "até o fim desta década, é preciso manter a prioridade na educação básica", opina.

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