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Tasso diz que não disputará presidência do Senado e sinaliza apoio a Alcolumbre

Tasso afirmou que de quinta para sexta um 'espetáculo deprimente' se estabeleceu no Senado

Por Fabrício de Castro e Renan Truffi
Atualização:

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) confirmou nesta sexta-feira, 1°, que não disputará mais a presidência do Senado. Ele declarou que, com sua desistência, à candidatura à Presidência do Senado, a tendência é de que a bancada do partido apoie o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Ao justificar sua desistência, Tasso afirmou que o respeito pela instituição, "pelo que ela pode representar para o País, foi perdido". Ele declarou ainda que de ontem para hoje um "espetáculo deprimente" se estabeleceu no Senado. "Eu não vou participar disso."

Osenador Tasso Jereissati (PSDB-CE), em seu gabinete no Senado Federal, em Brasília Foto: André Dusek/Estadão

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Tasso criticou ainda as disputas mais recentes ocorridas nos bastidores da Casa, com vistas ao comando. "Um servidor da Casa se arvora de senador e presidente do Senado, baixa portarias, começa brigas sem nenhum tipo de dignidade, não faz jus à história do Senado", pontuou. Questionado se sua desistência da candidatura seria uma "saída por baixo", Tasso afirmou que espera que a instituição não saia por baixo. O senador afirmou ainda que tudo leva a crer que haverá judicialização da eleição na Casa. Segundo ele, o fato de a sessão do Senado ser conduzida por um dos concorrentes à presidência será questionado. "Ninguém está aceitando resultado, ninguém aceita um tipo de disputa de nível elevado, ninguém aceita derrota. Virou caso de vida ou morte", disse Tasso. "Por quê alguém é obrigado a ser presidente do Senado? Ninguém precisa", acrescentou. Tasso afirmou ainda que um senador é eleito para exercer seu cargo. "Essa (a presidência) é uma circunstância em que tem que ser levada em conta a condução da Casa, a credibilidade e a dignidade da Casa", afirmou.

No Congresso Nacional para a posse dos novos parlamentares, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a desistência de Tasso não foi do partido, mas da bancada no Senado.

Mais cedo, o senador Alvaro Dias (PODE-PR) havia informado que o tucano retiraria sua candidatura, mas que ele manteria a sua. Ele afirmou ainda que o senador Esperidião Amin (PP-SC) manteria sua candidatura à presidência do Senado.

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