
13 de novembro de 2008 | 18h29
Adversário da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na competição interna de candidatos do PT à sucessão presidencial, o ministro da Justiça, Tarso Genro, reagiu nesta quinta-feira, 13, com desconforto às declarações de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à mãe do PAC. Veja também: Eu prometo Geografia do voto Crise financeira desafia capital político de Lula PT paulista traça estratégia para 2010 Chinaglia diz que PT poderia ter feito mais nessas eleições "Sempre que achei que o presidente tinha dito algo arriscado, eu estava errado e ele estava certo", declarou, ao ser abordado sobre o assunto, após abrir seminário sobre Cooperação Jurídica Internacional, em Brasília. Em entrevista a jornais italianos, Lula disse ter em mente o nome de Dilma como candidata do PT para sucedê-lo. Preterido pelo Planalto, Tarso ficou enfraquecido no governo e sua pasta passou a constar do mapa de negociações de uma provável reforma ministerial. De acordo com assessores de Tarso, o "ataque especulativo" tem três origens: o PMDB, que saiu fortalecido das eleições municipais, a grupos financeiros, como o do banqueiro Daniel Dantas, contrariados com a ação da Polícia Federal e a corporações incomodadas com o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), que estaria revolucionando velhas práticas policiais no País. Na entrevista, Tarso também criticou a iniciativa em discussão no Congresso, destinada a abrir uma janela na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de modo a permitir o troca-troca partidário. "Não minha opinião, a pessoa pode ter o direito de trocar de partido apenas por motivo ideológico, não para proveito pessoal, como negociar mandato e aderir ao governo no momento que lhe seja conveniente", criticou. "Se ocorrer (a troca de partido), que seja porque a pessoa diverge do partido e não se sente mais adequado programaticamente dentro dele", enfatizou.
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