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Tarso Genro pede acordo para aprovação da reforma política

Ministro considera que o sistema político brasileiro está esgotado e reforma só pode ser aprovada depois de um acordo entre os grandes partidos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, voltou a pedir o acordo entre os partidos, que ele chama de "concertação", para a aprovação da reforma política. Entre as medidas que julga necessárias, a fidelidade partidária, o financiamento público de campanha e, possivelmente, a votação em lista. Durante entrevista ao programa Canal Livre Eleições, da TV Bandeirantes, na noite de segunda-feira, ele alertou que o sistema político brasileiro estaria esgotado e, caso a reforma não seja aprovada logo, poder-se-ia se chegar ao seu completo "desmantelamento" e à necessidade da convocação de uma nova Assembléia Constituinte. Para Tarso Genro, a reforma só poderia ser realizada a partir de um acordo entre os grandes partidos brasileiros - incluindo PSDB e PFL - que reunisse algo entre 60% e 70% dos parlamentares. "O Brasil pode dar o exemplo de fazer uma reforma política forte, no momento inclusive em que nós atravessamos uma crise", salientou o ministro. "Para isso seria necessária uma grande concertação, o que não quer dizer um governo de união nacional, ou que diminua as fronteiras entre a oposição e o governo", ressalvou. O ministro opinou que a reforma seria viabilizada tendo como ponto de partida a cláusula de barreira, que, para ele, deve provocar uma relativa reorganização do sistema partidário brasileiro. "Se não for possível, vai se esgotar a legitimidade do Congresso", acredita. Sem citar a responsabilidade do Executivo, ele sustentou que o surgimento dos sanguessugas, mensalão e outras mazelas seria derivado do atual sistema político, e da forma como os partidos proporcionam a governabilidade. "Esta é a questão-chave, se nós não compreendermos isso nós vamos chegar a um limite de impasse", afirmou

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